A colecistectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada da vesícula biliar. Essa técnica é indicada para pacientes com quadros de colecistite decorrente ou não de pedras, em casos de cólica biliar, tumores, pólipos e outras doenças da vesícula biliar.
A bile é uma substância produzida pelo organismo e que participa do processo de digestão das gorduras. Quando ocorre alguma alteração em sua composição podem se formar pedras que, muitas vezes, se desenvolvem na vesícula biliar, o que leva à necessidade de realizar uma colecistectomia.
Existem diferentes técnicas para a realização dessa cirurgia, mas os cuidados no pré e pós-operatório devem acontecer para todos os pacientes. São eles que garantem a segurança durante o procedimento e uma melhor recuperação.
Preparamos este artigo para explicar com mais detalhes quais são os cuidados necessários nessas duas etapas do tratamento para que tudo corra bem. Continue lendo e confira.
Próximo ao intestino e colada no fígado, encontra-se a vesícula biliar. Esse pequeno órgão faz parte do sistema digestivo, sendo que a sua função é armazenar e liberar a bile no intestino para que seja feita a digestão das gorduras ingeridas durante as refeições.
A bile é composta por diferentes substâncias. Quando ocorre algum desequilíbrio em sua composição, como excesso de colesterol, isso pode levar à formação de pedras,
Essas pedras podem permanecer na vesícula biliar ou migrar para as vias biliares, causando obstruções e processos inflamatórios. Quando essas complicações acontecem, o paciente começa a manifestar se incômodos e dores, principalmente após as refeições. Esses desconfortos afetam sua qualidade de vida e levam à necessidade da realização da colecistectomia. Comumente a dor aumenta de intensidade o que é conhecido como dor bilar ou cólica biliar.
A colecistectomia é a cirurgia que tem por objetivo fazer a retirada da vesícula biliar. Não há prejuízos para a saúde do paciente ou a digestão dos alimentos, uma vez que a bile apenas não ficará armazenada, sendo produzida normalmente no fígado e liberada diretamente no intestino.
Existem três principais técnicas para realização da colecistectomia: a cirurgia aberta ou convencional, a cirurgia laparoscópica e a cirurgia robótica. A primeira é aquela em que é feito um corte na barriga do paciente, abaixo da costela para que o cirurgião consiga visualizar as estruturas que estão sendo operadas.
Na colecistectomia laparoscópica são feitos tradicionalmente quatro pequenos orifícios no abdômen por onde inserimos uma câmera e os instrumentos cirúrgicos. O cirurgião consegue visualizar as imagens por um monitor em tamanho aumentado reduzindo riscos e possíveis lesões a tecidos saudáveis.
A cirurgia robótica é um avanço tecnológico da cirurgia laparoscopica onde um robo é adaptado aos pequenos orifícios. O cirurgião controla o robô e este movimenta os instrumentos cirurgicos.
Geralmente a colecistectomia é indicada para pacientes que apresentam:
Sendo assim, para os quadros em que o paciente já apresenta problemas em decorrência da vesícula, ou se houver alguma condição que aumente o risco de desenvolver complicações, é recomendada a realização dessa cirurgia.
O pré-operatório da colecistectomia é dedicado para o cirurgião entender se existe doença na vesícula biliar e há necessidade de cirurgia, bem como conhecer a saúde do paciente para planejar a cirurgia, diminuir os potenciais riscos e antecipar a possível recuperação pós-cirurgica. Pacientes serão entrevistados, examinados e realizarão testes laboratoriais e estudos de imagem para entendimento do quadro e planejamento das ações.
Com os exames de rotina o objetivo é verificar se o paciente tem alguma condição de saúde que possa inviabilizar a realização do tratamento. São solicitados exames como:
Entre os procedimentos mais específicos podem ser solicitados ultrassonografia completa do abdômen e uma radiografia do tórax. Em alguns casos o cirurgião pode, ainda, solicitar ecocardiograma, teste de esforço, cateterismo cardíaco, ressonancia magnética e espirometria.
Depois que todos os exames estiverem prontos o paciente pode necessitar com especialista de algumas áreas a depender de sua saúde e de uma avaliação do anestesista para planejamento, explicações e retiradas de dúvidas. Também será analisado pelo cirurgião que realizará a colecistectomia que deve conversar sobre internação, técnica a ser empregada, potenciais, riscos e complicações e detalhes da recuperação esperada.
Nessas consultas serão feitas algumas recomendações para garantir a segurança do paciente e o sucesso do procedimento. É o caso de:
No pós-operatório da colecistectomia são necessários cuidados com o local operado, mantendo uma boa higiene para evitar inflamações ou infecções. Os pontos externos hoje são raramente utilizados, mas, quando feitos, geralmente são retirados após uma semana.
Mesmo nos primeiros dias de pós-operatório, não é recomendado que o paciente mantenha repouso absoluto. O ideal é que ele faça pequenas caminhadas em um terreno plano e estável, dentro do limite que não provoque dores ou desconfortos.
Essas caminhadas podem ser prolongadas, bem como praticadas atividades físicas de acordo com a tolerância de cada paciente e dentro do limite de não causar esforço no abdômen ou manifestações dolorosas.
Em relação à alimentação, é recomendado que o paciente mantenha um cardápio mais leve, progredindo para sua dieta habitual e mantendo habitos saudáveis. Não é preciso seguir uma dieta rigorosa.
Como explicamos, a vesícula tem a função de armazenar a bile, por isso, não haverá prejuízos para a digestão dos alimentos após a realização da colecistectomia. O paciente continuará levando uma vida normal e podendo se alimentar como de costume.
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