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Refluxo Gastroesofágico: Quando a Medicação Não é Suficiente?

Atualizado em: 12/05/2025
Por Equipe Hepatogastro
Sumário

O refluxo gastroesofágico ocorre quando o ácido do estômago retorna ao esôfago, causando irritação e sintomas como azia, regurgitação e dor no peito. O tratamento inicial geralmente é medicamentoso, mas nem sempre é suficiente. Entenda mais sobre o assunto lendo o texto completo!

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Refluxo Gastroesofágico: Quando A Medicação Não É Suficiente? 2

O que é o Refluxo Gastroesofágico?

O refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo ácido do estômago retorna ao esôfago, causando irritação na parte mais interna do esôfago, chamado de mucosa esofágica. Esse problema acontece devido a um mau funcionamento do esfíncter esofágico inferior, uma espécie de “válvula” que deveria impedir este retorno.

Quais são as Causas do Refluxo?

As causas do refluxo gastroesofágico incluem:

  • Relaxamento anormal do esfíncter esofágico inferior: Pode ser causado por fatores como obesidade, tabagismo ou consumo de álcool.
  • Hérnia de hiato: Uma condição em que parte do estômago se desloca para o tórax, enfraquecendo o controle do esfíncter.

Quais são os Sintomas do Refluxo?

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

  • Azia e queimação no peito são os fatores mais frequentes.
  • Regurgitação (sensação de ácido ou comida voltando à garganta).
  • Dificuldade ou dor para engolir.
  • Dor no peito, que pode ser confundida com problemas cardíacos.
  • Tosse crônica ou rouquidão, especialmente pela manhã.
  • Sensação de “nó” na garganta.

Esses sintomas podem se intensificar após refeições pesadas, ao deitar ou ao inclinar o corpo para frente.

Tratamento Inicial: O Papel da Medicação

A primeira linha de tratamento para o refluxo gastroesofágico é quase sempre medicamentosa. Os principais tipos de medicamentos incluem:

1. Antiácidos: Neutralizam a acidez do estômago, proporcionando alívio imediato, mas temporário.

2. Bloqueadores de receptores H2: Reduzem a produção de ácido gástrico, com efeito mais prolongado que os antiácidos.

3. Inibidores da bomba de prótons (IBPs): Bloqueiam a produção de ácido gástrico de forma eficaz e são os mais indicados para casos moderados a graves.

Embora esses medicamentos sejam úteis para a maioria dos pacientes, em alguns casos, eles podem não resolver totalmente os sintomas ou evitar complicações mais graves.

Quando a Medicação Não é o Suficiente?

Algumas situações indicam que o tratamento medicamentoso pode não ser mais eficaz ou adequado:

1. Persistência dos Sintomas

Se os sintomas persistirem, mesmo com o uso adequado de medicamentos, pode ser necessário reavaliar o diagnóstico ou considerar outras opções terapêuticas.

2. Efeitos Colaterais dos Medicamentos

Raramente o uso prolongado de inibidores da bomba de prótons (IBPs), por exemplo, pode causar efeitos colaterais, como deficiência de vitamina B12, aumento do risco de fraturas ósseas e infecções gastrointestinais. Algumas pessoas não podem ou não conseguem usar os medicamentos.

3. Complicações do Refluxo

Casos de refluxo não controlado podem levar a problemas mais graves, como:

  • Esofagite erosiva: Inflamação e lesões no esôfago.
  • Estenose esofágica: Estreitamento do esôfago, dificultando a deglutição.
  • Esôfago de Barrett: Alteração na parte mais inferior da mucosa do esôfago, que em alguns casos e no longo prazo pode aumentar o risco de câncer esofágico se não adequadamente tratado.

4. Qualidade de Vida Comprometida

Se os sintomas afetam significativamente a qualidade de vida, como interferência no sono ou restrições alimentares severas, pode ser necessário considerar outras abordagens.

Opções de Tratamento Quando a Medicação Não Resolve

Quando os medicamentos não são suficientes, outras alternativas podem ser consideradas:

1. Mudanças no Estilo de Vida

  • Perda de peso: Reduz a pressão sobre o esfíncter esofágico inferior.
  • Alterações na dieta: Evitar alimentos que desencadeiam os sintomas, como gorduras, frituras, chocolate, cafeína e álcool.
  • Elevação da cabeceira da cama: Ajuda a reduzir o refluxo durante o sono.
  • Evitar refeições grandes antes de dormir: Refeições leves e horários regulares podem minimizar os sintomas.

2. Tratamentos Endoscópicos

Algumas técnicas minimamente invasivas estão sendo investigadas para pacientes com refluxo persistente, como:

  • Stretta: Usa energia de radiofrequência para fortalecer o esfíncter esofágico inferior.
  • Endoscopia antirrefluxo: Procedimento que cria barreiras para reduzir o retorno do ácido.
  • Técnicas como o sistema LINX, em que um anel magnético é implantado para reforçar o esfíncter, também são opções modernas e eficazes.

3. Cirurgia Antirrefluxo

A cirurgia é indicada para pacientes que não respondem ao tratamento clínico, não conseguem manter controle da doença sem uso de medicamentos  ou apresentam complicações graves.

Fundoplicatura

  • O procedimento mais comum, no qual o cirurgião envolve a parte superior do estômago em torno do esôfago, reforçando o esfíncter esofágico.
  • Pode ser realizada por laparoscopia ou robotica, garantindo menor tempo de recuperação.

Como Decidir o Melhor Tratamento?

A escolha do tratamento depende de vários fatores, incluindo:

  • A gravidade dos sintomas.
  • A presença de complicações.
  • A resposta aos medicamentos.
  • O impacto na qualidade de vida.

Um acompanhamento médico detalhado, incluindo exames como endoscopia digestiva alta manometria esofágica, Rx contrastado, Tomografia, Impedanciometria e pHmetria esofágica são essenciais para determinar o melhor plano de tratamento.

Conclusão

Embora os medicamentos sejam eficazes para a maioria dos pacientes com refluxo gastroesofágico, algumas pessoas podem precisar de intervenções adicionais para controlar os sintomas e evitar complicações.

Se você tem sintomas persistentes ou sua qualidade de vida está sendo afetada, procure nossa clínica. Estamos aqui para oferecer um atendimento completo e soluções personalizadas, garantindo seu bem-estar e conforto.

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