Bypass e Sleeve são dois métodos eficientes para realização da cirurgia bariátrica. A principal diferença entre eles é que no Bypass é feita também a manipulação do intestino, enquanto no Sleeve esse órgão é preservado.
Você sabia que existe mais de um tipo de cirurgia bariátrica? Há diferentes técnicas que podem ser adotadas para esse procedimento, incluindo o Bypass e o Sleeve gástrico, sendo que em ambos o objetivo é fazer a redução do estômago e melhorar o perfil metabólico do paciente.
Apesar dessa similaridade, essas técnicas são realizadas de maneiras diferentes e nós preparamos este artigo para explicar para você como cada uma delas funciona. Continue lendo para conhecer o Bypass gástrico e o Sleeve gástrico e entender de que maneira esses métodos se diferenciam!
O Bypass, ou Gastroplastia gástrica, é uma das técnicas de cirurgia bariátrica mais realizadas no Brasil e também no mundo. Isso acontece porque essa técnica é muito efetiva, já que é possível eliminar grande parte do excesso de peso do paciente e mantê-lo a longo prazo.
Uma vez realizado por videolaparoscopia ou cirurgia robótica, a cirurgia quase não deixa marcas. Além disso, o Bypass ajuda a reduzir a produção de grelina, hormônio ligado à fome, e melhora muito as concentrações de hormônios benéficos do intestino.
Nesse procedimento é feita uma redução no volume do estômago, que começa a comportar aproximadamente 50 ml de alimento. Assim, o paciente não consegue ingerir grandes quantidades de comida de uma só vez. O método também envolve a criação de um desvio do trânsito intestinal, chamado de Y de Roux, com isso o alimento deixa de passar por cerca de 2 metros de intestino delgado, o que diminui a absorção de calorias.
A cirurgia bariátrica Sleeve, ou gastrectomia vertical, é uma técnica também pode ser realizada de forma minimamente invasiva, seja por vídeo ou robô, com pequenas incisões no abdome do paciente.
No método Sleeve, o estômago é cortado em sentido vertical, removendo todo o fundo e a grande curvatura gástrica. Com isso, ele se transforma em um tubo que comporta cerca de 80 a 100 ml de volume. Como as células do fundo gástrico são produtoras de grelina, sua retirada promove uma diminuição deste hormônio relacionado à fome e apetite.
Como você viu, a maneira como o estômago é manuseado é diferente em cada um desses métodos. Desta forma, no caso do Bypass, a redução gástrica é maior em relação ao método Sleeve. Porém, a principal diferença é o desvio intestinal realizado no Bypass, pois ele é responsável por uma melhora superior dos distúrbios metabólicos.
Assim, no Bypass, além de manipular o estômago, são feitas intervenções intestinais, o que pode fazer com que o alimento passe muito rápido do estômago para o intestino.
No método Sleeve os alimentos ingeridos seguem o seu caminho original. É justamente a menor manipulação das alças intestinais que faz com que essa técnica tenha um impacto menor na absorção de nutrientes e minerais. Assim, o Sleeve costuma apresentar menores taxas de anemia e deficiência de vitaminas.
Depois de ler a respeito das características do Bypass e do Sleeve, talvez você possa estar pensando: como o segundo método é menos invasivo, ele seria a melhor alternativa, mas a situação não é tão simples assim. É preciso considerar a necessidade de cada paciente.
Como explicamos, o Bypass é o método mais realizado no Brasil e no mundo e também aquele que já passou por uma grande quantidade de estudos por décadas. Suas principais vantagens são a perda significativa de peso, a indicação para pacientes com refluxo gastroesofágico, o aumento da sensação de saciedade, melhor controle do diabetes e da síndrome metabólica. Portanto, é um método muito válido e eficiente.
O Sleeve, por sua vez, tem muitas vantagens também, como a manutenção da absorção de nutrientes, a preservação do intestino, o emagrecimento gradual, a manutenção do acesso endoscópico à via biliar e a possibilidade de realização do Bypass, em um eventual ganho de peso posterior.
Portanto, as diferenças entre os métodos precisam ser avaliadas pelo especialista para definir qual cirurgia bariátrica é melhor para cada paciente. Portanto, ambas são eficientes para contribuir com o tratamento da obesidade quando indicadas para o paciente certo, ajudando na manutenção da sua saúde.
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