A doença de Crohn é uma das doenças inflamatórias intestinais, assim como a retocolite, porém, possui algumas características diferentes, principalmente as complicações relacionadas à doença inflamatória.
Enquanto a retocolite acomete predominantemente a parte do colo, a doença de Crohn acomete todo o trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus.
Existem duas complicações que devemos ficar muito atentos para identificar as doenças de Crohn.
A primeira é o que a gente chama de estenose, que é um estreitamento na luz do intestino ou de alguma parte do trato intestinal que desencadeia uma dificuldade das fezes passarem por aquela região porque está estreitada, é como se tivesse um cano obstruído.
A segunda é o surgimento de fístulas por conta da comunicação que pode ocorrer entre as próprias alças do intestino ou da alça do intestino com a parede abdominal ou principalmente na região perianal que faz com que surja um orifício no qual acaba saindo fezes por aquele orifício também.
Essas são as situações de complicação da doença, mas a nós devemos precisar muito atentos porque isso pode direcionar para uma questão terapêutica mais especifica da doença.
Quando se trata dessa doença, geralmente, as pessoas apresentam uma dor abdominal muito intensa ou por alguma complicação relacionada à estenose ou à fístula.
Na maioria dos casos, é muito comum a presença de diarreia, sangue nas fezes ou até mesmo o aparecimento de muco. Portanto, fiquem atentos em quadros de diarreia com essas características por mais de 30 dias.
O diagnóstico sempre é feito com a história clínica, a avaliação do dia a dia do paciente e a realização de uma colonocospia.
Esse exame é muito válido para identificar as lesões do intestino, realização de biópsia e fazer o diagnóstico diferencial de outros acometimentos intestinais.
Quando os pacientes não são diagnosticados precocemente, eles podem necessitar de tratamento cirúrgico das lesões, tanto das fístulas quanto da estenose.
No momento do diagnóstico, o tratamento cirúrgico é deixado como exceção na terapia e feito apenas se existir a presença de algum obsesso ou outra complicação relacionada a essa situação.
Hoje temos inúmeras terapias liberadas para uso no Brasil, ao menos 4 para doenças moderadas à graves. São medicações que têm uma resposta muito boa e conseguem segurar a doença nos pacientes por alguns anos. Além disso, é possível trocar a medicação ao longo do tempo caso exista uma perda da resposta.
Portanto, tudo isso deve ser discutido com o seu médico para melhor posologia, melhor momento de trocar a droga ou avaliar se a droga está sendo efetiva em seu caso.
Realizando tudo isso, temos o diagnóstico precoce, o tratamento das complicações relacionadas e uma qualidade de vida muito boa para os pacientes com doença de Crohn.
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