A retocolite ulcerativa, ou simplesmente colite ulcerativa, é uma Doença Inflamatória Intestinal (DII). Ela é crônica e desencadeia ulcerações no intestino, principalmente no cólon, mas pode afetar todo o intestino grosso.
Dificilmente o intestino delgado é afetado por esse problema, por isso ela apresenta algumas diferenças em relação a doença de Crohn. Inclusive pelo fato de que afeta a estrutura mais superficial do intestino, sem atingir camadas profundas de tecido.
Esse problema é mais comum em pessoas jovens, entre 15 e 30 anos de idade, apesar de também se manifestar em pessoas mais velhas. Mas você sabe o que provoca essa inflamação crônica do intestino? Então continue lendo e descubra!
Apesar de conhecermos diversas características da retocolite ulcerativa ainda continua incerto o que exatamente pode desencadear essa inflamação crônica do intestino. Mas existem algumas possibilidades para o desenvolvimento desse problema. Veja a seguir.
Não são exatamente os vírus ou as bactérias que podem provocar a inflamação no intestino. Acredita-se que, na verdade, a presença deles no organismo pode causar um mau funcionamento do sistema imunológico, e esse mau funcionamento é que levaria à retocolite ulcerativa.
Na tentativa de combater o patógeno, o sistema imunológico pode começar a atacar as células do intestino. Isso acontece porque ele começaria a entender que o intestino é um invasor, então, tenta destrui-lo. Provoca reações que favorecem a manifestação da inflamação e das ulcerações.
Outra possível causa da retocolite ulcerativa é o histórico familiar do paciente. Quem já tem casos da doença na família podem apresentar uma suscetibilidade maior para o desenvolvimento dela. Entretanto, isso não ocorre com todos os pacientes, uma vez que pessoas sem o histórico familiar também desenvolvem a inflamação.
Antes existia a teoria de que a dieta poderia estar relacionada com os casos de retocolite ulcerativa. Isso porque os sintomas se agravam quando o indivíduo consome alguns tipos de alimento.
Há quem apresente reações, por exemplo, aos derivados do leite, também incômodos após a ingestão de fibras, alimentos gordurosos, que contenham cafeína, as bebidas alcoólicas entre outros.
No entanto, o que se sabe agora é que na verdade alimentação não desencadeia a retocolite, mas pode agravar o quadro da pessoa. É por isso que um dos tratamentos para essa inflamação é a manutenção da dieta balanceada, identificando quais são os alimentos que agravam o quadro do indivíduo para que eles sejam evitados.
Também havia a mesma teoria em relação ao estresse, sendo apontado como uma das possíveis causas da retocolite ulcerativa. Porém, ele apenas traz um agravamento do problema, sem ser a sua causa primária.
A retocolite ulcerativa não tem cura. O que acontece é que algumas pessoas têm períodos de remissão, ou seja, quando a inflamação está sob controle e não desencadeia sintomas, depois, podem acontecer novas crises.
Para evitar que isso aconteça é importante manter bons hábitos, que ajudem a evitar as reações extremas do intestino.
O acompanhamento médico é fundamental para definir quais são as melhores estratégias para cada paciente, também para acompanhar a evolução do problema.
Isso é fundamental porque a retocolite ulcerativa aumenta significativamente as chances de desenvolvimento do câncer de cólon. O período para a manifestação dele pode ser de 8 até 35 anos, o que depende da extensão do problema, bem como do período de convivência com ele.
Confira também, nosso vídeo sobre o tema:
De toda forma, mantendo os cuidados necessários e seguindo a recomendação do especialista é possível minimizar ao máximo as crises de retocolite ulcerativa, mantendo a inflamação sob controle. Assim, o paciente alcança o equilíbrio da saúde e mais qualidade de vida.
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