H. pylori: como é feito o diagnóstico e qual o tratamento?

Atualizado em: 24/06/2024
Por Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio
Sumário

A H. pylori é uma bactéria que se instala no estômago e provoca sintomas como dor e desconforto abdominal. Seu diagnóstico pode ser feito por exames de fezes, teste respiratório e endoscopia, e o tratamento, à base de antibióticos e inibidores de bomba de próton.

A Imagem Mostra Uma Ilustração Da Bactéria H. Pylori.
H. Pylori: Como É Feito O Diagnóstico E Qual O Tratamento? 2

A H. pylori, ou Helicobacter pylori, é a principal causadora de gastrite e úlceras gástricas. Essa bactéria se instala na mucosa superficial do estômago desencadeando um processo inflamatório. Isso se dá porque ela produz amônia para se proteger contra a acidez estomacal e penetrar a camada da mucosa.

Por isso, sua presença no estômago provoca as complicações que citamos, podendo ser em todo o órgão ou apenas na parte inferior dele. De toda forma, a H. pylori pode aumentar o risco de desenvolver câncer de estômago.

A boa notícia é que ela pode ser diagnosticada e tratada. Nós preparamos este artigo para que você saiba como isso é feito. Continue lendo e veja:

Como é feito o diagnóstico da H. Pylori?

O especialista pode solicitar, por exemplo, um teste de antígeno fecal (coleta de fezes), que identifica a presença da bactéria na amostra colhida. Existe também um exame de sorologia (sangue) e um teste respiratório (onde se sopra em um saco plástico), para verificar a presença de carbono dióxido nas amostras expiratórias.

Outras técnicas também muito eficientes para fazer o diagnóstico da H. pylori são os exames endoscópicos, que permite visualizar todo o estômago e, se necessário, fazer uma biópsia; e o teste de uréase, que também faz análise de pequenos fragmentos da mucosa gástrica.

Quais problemas essa bactéria no estômago pode causar?

A infecção por H. pylori é bastante comum, e o risco de contrair essa bactéria aumenta conforme a idade avança. A estimativa é de que até os 60 anos de idade 50% das pessoas serão infectadas por essa bactéria.

O maior problema é que ela libera amônia para conseguir sobreviver ao ambiente ácido que é o estômago. Essa mesma substância provoca lesões na mucosa dele, com isso, se manifestam processos inflamatórios, levando a quadros de gastrite e úlcera péptica.

A H. pylori provoca as gastrites crônicas, e por causa das lesões estomacais, aumenta o risco de desenvolver câncer de estômago em longo prazo. Tudo isso porque essa bactéria provoca uma elevação na produção do ácido gástrico, afetando as defesas naturais da mucosa estomacal.

Como é feito o tratamento para H. pylori?

Uma vez diagnosticada a presença da H. pylori no estômago, o tratamento mais comumente adotado é o medicamentoso. São administradas substâncias antibióticas junto com inibidores da bomba de prótons, como:

  • Lansoprazol;
  • Omeprazol;
  • Tetraciclina;
  • Subsalicilato de bismuto;
  • Amoxicilina;
  • Metronidazol;
  • Claritromicina.

O objetivo é conter a infecção eliminando a bactéria, ao mesmo tempo, controlar a produção do ácido estomacal para possibilitar a cicatrização das feridas que foram abertas, reduzindo o processo inflamatório.

O tratamento da H. pylori desencadeia efeitos colaterais ligados aos medicamentos administrados, podendo provocar desconfortos como:

  • Dor de cabeça;
  • Diarreia;
  • Obstipação;
  • Náuseas;
  • Alterações do paladar;
  • Escurecimento das fezes e da língua.

Tudo isso depende da sensibilidade do organismo da pessoa, bem como dos efeitos provocados pelas substâncias que foram adotadas para o tratamento.

Dr. Marcos Paulo Gouveia de Oliveira | Hepatogastro

Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio

CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
O Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. Especialista em Cirurgia Digestiva e Videocirurgia. Atua como cirurgião do aparelho digestivo, com ênfase em cirurgia de fígado, pâncreas e vias biliares.

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