O transplante de fígado é um procedimento cirúrgico essencial para preservar a vida de pacientes cuja função hepática está muito comprometida. É possível obter a doação do fígado de uma pessoa viva ou daqueles em morte encefálica. A cirurgia é complexa, mas tem grandes chances de sucesso.
Existem algumas doenças que acometem o fígado, como a cirrose, que tendem a se agravar com o passar do tempo e ainda não dispõem de cura. Quando elas comprometem de forma significativa as funções hepáticas, colocando a vida da pessoa em risco, ela se torna candidata à realização de um transplante de fígado.
Preparamos este artigo para que você entenda como o transplante hepático funciona, quem pode ser um doador de fígado, a expectativa de vida pós-transplante, entre outras informações. Acompanhe!
O fígado é um órgão vital que também trabalha como uma glândula. Independentemente da classificação que recebe, ele é essencial para que uma pessoa se mantenha viva, sendo responsável pelo cumprimento de diversas funções. Participa do sistema digestivo e faz a metabolização das substâncias que ingerimos.
Uma característica muito marcante do fígado é a sua capacidade de se regenerar. No entanto, esse órgão pode ser acometido por diversas condições e doenças que prejudicam o seu funcionamento normal. Quando a função hepática está muito comprometida, o indivíduo pode ser um candidato à realização do transplante.
O transplante de fígado é um procedimento recomendado, por exemplo, para os pacientes que desenvolvem cirrose hepática complicada e sem controle com medicamentos, cuja expectativa de vida tenha sido definida como inferior a 50% no período de um ano.
Logo, esse é o tratamento para as pessoas com problemas ou uma doença hepática que não pode ser curada e que está ameaçando a sua vida.
Existem duas maneiras de se obter um fígado para doação. O órgão pode vir de um doador em morte encefálica ou de uma pessoa viva.
No caso do doador em morte encefálica, existe uma lista de espera para as pessoas que precisam de transplante. O paciente deve estar em alerta e pronto para a cirurgia a qualquer momento e será contatado para comparecer imediatamente ao local onde o transplante será feito.
Já no caso do doador vivo, a pessoa precisa apenas demonstrar interesse e disponibilidade em oferecer uma parte do seu fígado para alguém que esteja precisando. Isso é mais comum de acontecer entre familiares. Também é preciso que se trate de um adulto saudável que não apresente nenhuma alteração anatômica no órgão e que realize a doação de forma voluntária.
Portanto, uma pessoa que deseja ser doadora não precisa fazer a doação apenas após o falecimento. É possível ser um doador em vida, mas lembrando que esse deve ser um ato voluntário e desinteressado, conforme previsto por lei. Inclusive, há necessidade de assinar um termo dizendo que nenhuma recompensa está sendo oferecida pela doação do órgão.
O transplante de fígado, conforme explicamos, é uma cirurgia bastante complexa. O fígado é irrigado por diversos vasos sanguíneos, e também conectado pelos ductos biliares. A cirurgia exige que o fígado doente seja removido com a menor repercussão possível para o receptor e que o novo fígado seja conectado por meio de pontos realizados pela equipe cirúrgica.
Os primeiros momentos pós-operatórios da cirurgia de transplante hepático, quando o paciente ainda está no hospital, acontecem no centro cirúrgico e na UTI. Ficará internado ali por poucas horas até alguns dias a depender da cirurgia. Depois desse tempo, precisará permanecer internado alguns dias, dependendo da sua recuperação e resposta orgânica.
Após o transplante, mesmo depois de já ter deixado o hospital e se recuperado da cirurgia, esse paciente precisará dar continuidade ao tratamento da doença que levou à necessidade de realização do procedimento. Isso é fundamental para que o fígado recebido não seja prejudicado.
Além disso, o pós-transplante em longo prazo envolve uma série de cuidados para garantir a saúde do novo fígado. Um dos principais é a ingestão diária de medicamentos imunossupressores. Eles são importantes para que o organismo do receptor se adapte ao novo órgão e não aconteça a rejeição.
Esse é um dos principais riscos do transplante de fígado, mas também pode acontecer hemorragia, trombose, infecções e insuficiência renal. Portanto, é essencial seguir à risca todas as recomendações do especialista e fazer o acompanhamento com esse profissional, adotando todas as medidas indicadas no pós-operatório e durante o restante da vida.
Uma pessoa que se submete ao transplante hepático pode ter uma vida muito longa. Não existe uma limitação da expectativa, uma vez que tudo vai depender de como ela cuidar da sua saúde daqui por diante.
Quando o organismo se adapta ao fígado transplantado, ele trabalha normalmente cumprindo todas as funções que deveria. Mas também não podemos esquecer que depois do transplante é preciso fazer algumas adequações na rotina e nos hábitos, para que não haja nenhum risco de perda do novo órgão.
Confira também, nosso vídeo sobre o tema:
Seja como for, fazendo o acompanhamento, tomando as medicações e mantendo hábitos adequados para uma pessoa transplantada, é possível ter uma excelente qualidade de vida e longevidade. O transplante de fígado salva pessoas, sendo um procedimento com altas chances de sucesso.
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