A colelitíase (ou cálculos ou pedra na vesícula) é a formação de pedras nas vesícula biliar. A maioria dos pacientes são assintomáticos. No entanto, algumas complicações podem surgir em decorrência desses cálculos.
Uma destas complicações é a migração das mesmas para os ductos biliares, o que é denominado coledocolitíase e sobre o qual falaremos neste artigo.
Continue lendo para entender um pouco mais sobre as pedras que atingem os canais d bile. Veja por que esse é um problema que exige atenção e tratamento e quais são as complicações que ele pode ocasionar.
Litíase é o nome que se dá para o problema de formação de pedras (ou cálculos) no organismo. A vesícula é bastante suscetível a isso, sendo que um risco para o desenvolvimento de pedras vesiculares são as altas taxas de colesterol.
Quando as pedras são pequenas e se mantêm no interior da vesícula, o paciente pode não apresentar sintomas e conviver com elas. No entanto, existe a possibilidade de os cálculos saírem da vesícula e se alojarem no ducto colédoco, aquele que faz o transporte da bile para o intestino.
Nesse caso, o indivíduo desenvolve a coledocolitíase secundária, uma vez que a pedra não se formou ali. Esses são os casos mais comuns do problema, porém, também pode acontecer de o cálculo se formar no ducto colédoco, então, o indivíduo desenvolve a coledocolitíase primária.
Enquanto as pedras estão localizadas no interior da vesícula, conforme explicamos, o indivíduo pode não apresentar sintomas. Porém, a migração delas ou a sua formação nos ductos biliares pode levar à obstrução deles, impedindo a passagem da bile. O canal obstruído desencadeia diversos sintomas no indivíduo, como:
● dor abdominal, que pode ser intensa, forte, tipo colica e contínua;
● dor de estômago;
● dor nas costas;
● icterícia (pele e olhos amarelados);
● náuseas e vômitos;
● sudorese;
● acolia (fezes de cor clara, tipo massa de vidraceiro);
● colúria (urina escurecida como coca cola);
● febre.
Esse último sintoma indica que pode existir uma infecção associada à coledocolitíase. Embora a maioria dos pacientes apresentem sintomas, alguns podem se mostrar assintomáticos.
A dor abdominal é um sintoma muito característico de pedras na vesícula porque o impedimento da passagem da bile provoca esse desconforto, em especial após as refeições. Porém, a coledocolitíase é preocupante em função de outras complicações que ela desencadeia, principalmente infecção conhecida como colangite.
No caso da colangite, ela é uma inflamação biliar que pode evoluir para infecção. Ou seja, favorece a proliferação de bactérias no colédoco a partir do duodeno. Esse problema, além de muito doloroso, provoca o aumento de volume do fígado, formação de abscessos e a sua taxa de mortalidade é elevada.
Como você pôde ver, uma pedra que se forma no ducto biliar pode trazer grandes complicações de saúde. Por isso, a coledocolitíase precisa receber um diagnóstico preciso para realização do tratamento, que se inicia com a retirada do cálculo, através de endoscopia – tratamento conhecido como papilotomia endoscópica ou mais precisamente este procedimento sera associado a um exame de colangipancreatografia endoscópica retrograda (CPRE) .
Também faz parte do tratamento da coledocolitíase a realização da cirurgia para retirada da vesícula, a fim de evitar a formação de novas pedras e a reincidência do caso.
Em casos de coledocolitiase primaria (pacientes sem vesícula biliar ou que não tem cálculos na vesícula) o tratamento é cirúrgico através da realização de uma ligação entre o intestino e o canal da bile.
As medidas preventivas ainda são a melhor alternativa para todos os pacientes, por isso, é fundamental que caso você perceba algum sintoma incômodo, em especial após as refeições, ou diagnostico de colelitiase, realize a cirurgia de colecistectomia para que se evite a coledocolitiase como complicação.
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