E aí, você sabe quais são os preparos para a cirurgia bariátrica?
Hoje vamos falar sobre a preparação para a cirurgia bariátrica. Continue acompanhando!
O primeiro passo é passar pela avaliação multidisciplinar (endocrinologista, nutricionista, psicólogo e o cirurgião bariátrico). Com essa avaliação, vemos se realmente o paciente tem a indicação da cirurgia e se aquele é o melhor momento.
O psicólogo vai analisar se você está preparado para as mudanças que essa cirurgia vai impor na sua vida, seja na restrição alimentar, mudança de hábito de vida ou questão psicológicas, como ansiedade.
O nutricionista vai te ajudar a adequar essa alimentação a sua realidade e àquilo que você realmente vai poder comer no pós-operatório.
O endocrinologista vai avaliar se você não tem nenhum outro distúrbio metabólico que está levando a piora da obesidade e que eventualmente precisa ser tratado antes da cirurgia.
Algumas vezes é necessária a avaliação de um psiquiatra para iniciar alguma medicação, principalmente para ansiedade.
Além disso, é muito importante a avaliação do risco cirúrgico, seja com o cardiologista e um pneumologista, em casos selecionados.
Após a avaliação da equipe multidisciplinar, começa realmente o preparo para a cirurgia.
É muito importante que o paciente já mude os seus hábitos alimentares antes do procedimento, comece uma dieta com menos caloria tentando manter o nível de proteína adequado para não perder muito músculo antes da cirurgia, o que pode aumentar o risco cirúrgico.
É muito interessante que o paciente faça uma pré-habilitação cirúrgica do ponto de vista cardio pulmonar.
O paciente que consegue fazer alguma atividade física, principalmente aeróbica no pré-operatório, tem menores taxas de complicações, menos tempo de internação, e isso acaba tendo um grande benefício tanto no pré-operatório quanto no pós-operatório.
Além disso, o paciente que é estimulado a perder peso no pré-operatório alcança uma perda de peso maior no pós-operatório.
Algumas informações são muito importantes, como:
É muito importante você seguir as orientações do seu cirurgião e da equipe de anestesia de confiança.
De maneira geral o jejum de 6 horas para alimentos leves é o ideal.
Em alguns casos utilizamos também o jejum com líquidos claros que ajuda a reduzir a ansiedade e também a resposta metabólica ao trauma.
A internação costuma ser no dia do procedimento, de 2 a 3 horas antes, mas em alguns casos é necessário internação prévia
É muito importante saber que antes da cirurgia, além do tempo cirúrgico, tem o tempo da anestesia, da preparação, separação do material cirúrgico, e depois é feita a cirurgia.
O despertar do paciente demora um tempo! Isso é muito importante para o acompanhante que está ali esperando não ficar ansioso, porque, realmente, a cirurgia não vai demorar muito além de uma hora, duas horas de procedimento.
Assim que o procedimento acaba, o cirurgião faz contato com o acompanhante, para explicar como foi o procedimento e tranquilizar.
Depois disso, o paciente vai para a recuperação anestésica, onde ele vai passar por uma, uma hora e meia, até ficar bem acordado e ter os sintomas controlados, como uma possível náusea ou um pouquinho de desconforto. Ele estando bem, recebe alta dessa recuperação anestésica e vai para o quarto.
No quarto é muito importante já começar todo o trabalho de recuperação pós-operatória, então, é oferecido líquidos em pequenas quantidades 30, 40 mls, a cada meia hora.
Além disso, é muito importante começarmos a fisioterapia. Assim que o paciente estiver bem acordado, consciente e sem nenhum sintoma, ele é estimulado a levantar da cama, sempre com auxílio, seja do enfermeiro, do fisioterapeuta ou do acompanhante, e então ele vai ter a primeira deambulação assistida.
Quando já estiver se sentindo bem, ele é estimulado a toda hora levantar, fazer uma voltinha de 10, 15 minutos para ir estimulando a circulação e também a recuperação precoce.
Esses dois passos estão diretamente relacionados ao tempo de internação e também a recuperação, porque a gente sabe que paciente que levanta rápido e que consegue ficar longe da cama nessas primeiras horas, tem menos complicações, como trombose, por exemplo.
Mas é claro que o paciente só vai receber alta quando ele estiver preparado.
Temos critérios objetivos de alta hospitalar como, frequência cardíaca, pressão, escala de dor, aceitação da dieta, mas também subjetivas, então o paciente precisa se sentir confortável e seguro para ir para casa.
Nesse momento, temos dois principais focos:
É muito importante o paciente focar em consumir pequenas quantidades de água, além daqueles líquidos que são orientados pelo nutricionista, pois existe um risco real do paciente desidratar no pós-operatório.
Além disso, a dieta deve ser pobre em açúcares, mas deve fornecer a caloria necessária pelo menos para as funções basais e o paciente não ter nenhuma complicação por falta de calorias. Também é muito importante seguir as recomendações em relação a atividade física.
É importante que o paciente não fique parado, não fique só deitado, sentado, porque isso pode aumentar o risco de algumas complicações.
O paciente deve andar com o auxílio nas primeiras semanas e aos poucos ir voltando com as atividades habituais.
Geralmente, com 15 dias, é muito tranquilo o paciente voltar ao trabalho, mas para pacientes que fazem uma atividade de mais esforço, de pegar peso, pode ser necessário um aumento do tempo de afastamento do trabalho, então é muito importante a avaliação tanto pré-operatória como do pós-operatório, da equipe multidisciplinar, do cirurgião, do nutricionista para definir e fazer o ajuste fino dessas orientações.
Então, veja que são vários detalhes para tratar da melhor maneira o paciente candidato a cirurgia, por isso, opte por uma equipe preparada, com profissionais bem treinados para esse momento.
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