A gastrectomia é indicada, principalmente, em duas situações. A primeira é para fazer o tratamento da obesidade em pacientes que não alcançaram bons resultados com métodos conservadores; a segunda para tratar casos de tumores no estômago.
Existem procedimentos cirúrgicos realizados com o intuito de fazer intervenções no estômago. Uma dessas técnicas é a gastrectomia, feita com objetivo de retirar uma parte ou a totalidade do estômago, dependendo da indicação da cirurgia.
Isso porque a gastrectomia pode ser realizada em diferentes situações, e nós preparamos este artigo para explicar quando uma pessoa precisa se submeter a esse procedimento. Continue lendo para conferir.
A gastrectomia é uma cirurgia realizada no estômago. Esse tratamento é disponibilizado no Brasil também pelo Sistema Único de Saúde, possibilitando o tratamento de pessoas que não podem arcar com os custos de um atendimento particular.
Nessa cirurgia, fazemos a retirada de um pedaço ou de todo o estômago, o que depende do motivo pelo qual a gastrectomia está sendo realizada. Existem casos em que também é preciso realizar intervenções em estruturas próximas ao estômago, como os linfonodos.
Como você viu na explicação anterior, não existe apenas um tipo de gastrectomia. Ela pode ser parcial ou total. A seguir, explicamos como funciona cada um desses procedimentos.
No caso da gastrectomia parcial, o procedimento é realizado com o objetivo de retirar apenas uma porção do estômago. Essa técnica é aplicada quando não há o comprometimento de todo esse órgão. Assim, o restante dele consegue cumprir o seu papel no processo de digestão dos alimentos.
Na gastrectomia total, por outro lado, fazemos a retirada da totalidade do estômago, ou seja, a pessoa não terá mais esse órgão. Geralmente é preciso aplicar essa técnica nos casos de câncer de estômago. Dependendo do grau em que a doença se encontra, é feita a retirada de outros órgãos e estruturas próximas, conforme explicado.
Existem duas indicações principais para realização da gastrectomia. Ela é uma técnica que contribui para o tratamento da obesidade mórbida e um procedimento indispensável em muitos casos de tumores de estômago. A seguir explicamos com mais detalhes como o procedimento contribui nessas duas situações.
A gastrectomia não é a primeira opção para o tratamento de pessoas obesas, no entanto, existem casos em que ela é necessária. No primeiro momento, a pessoa com obesidade faz o acompanhamento para promover uma mudança em seus hábitos alimentares, realizar a prática de exercícios, acompanhamento psicológico e outros, para promover a perda de peso.
Nos casos em que as medidas conservadoras não alcançam bons resultados, o paciente passa a ser candidato à realização da gastrectomia. Isso também pode acontecer quando a obesidade está oferecendo algum tipo de risco de saúde para a pessoa e não há tempo para esperar a perda de peso pelos métodos conservadores.
Nesse tratamento de obesidade, é feita a gastrectomia parcial. Por isso é a cirurgia conhecida como redução de estômago. Como dito, fazemos a retirada de uma parte desse órgão para que ele comporte menos alimentos e, assim, a pessoa consiga emagrecer.
A realização da gastrectomia para tratamento dos tumores gástricos tem algumas variações de paciente para paciente. Isso porque é preciso, primeiro, analisar as necessidades da pessoa para planejar a cirurgia. Afinal, a intervenção depende do estágio da doença, do grau de comprometimento dos órgãos, da localização do tumor e outros detalhes.
Existem casos de câncer de estômago em que é possível fazer o tratamento de uma forma bem sucedida realizando apenas a gastrectomia parcial. Conseguimos preservar uma parte do estômago da pessoa e, ao mesmo tempo, eliminamos o tumor maligno.
Porém, nos casos mais graves de câncer de estômago, é necessário fazer a gastrectomia total. Isso é importante para ter certeza de que todo o tumor foi retirado, minimizando possíveis riscos de recidiva. É por isso que órgãos e estruturas próximos também podem ser removidos, a fim de ampliar essa barreira de proteção para o organismo do paciente.
Há também aqueles que já estão em um estágio mais avançado do câncer de estômago. Porém, mesmo se não houver a expectativa de cura, o especialista pode sugerir a realização de uma gastrectomia total.
Nesse caso, a cirurgia é paliativa, ou seja, tem o intuito de proporcionar mais qualidade de vida para o paciente e evitar possíveis complicações, mas não levará à cura doença. A cirurgia é recomendada para evitar, por exemplo, hemorragias ou uma obstrução estomacal.
Em relação à gastrectomia parcial, fica mais fácil assimilar como se dá a recuperação do paciente e também sua rotina após a realização do procedimento. Afinal, é bastante comum essa cirurgia ser realizada por quem precisa perder peso, e a porção de estômago que resta é suficiente para realizar as funções digestivas.
Entretanto, pode parecer muito estranho fazer a gastrectomia total, pois retiramos o estômago por completo. Como uma pessoa conseguiria sobreviver sem esse órgão? Quais são os impactos que a retirada do estômago traz para a saúde? E a digestão dos alimentos?
É importante falar sobre isso porque, ainda que provoque estranheza, uma pessoa pode viver sem o estômago, e isso não traz prejuízos para sua qualidade de vida nem se caracteriza como um risco para a sua saúde.
O estômago não é o único órgão responsável por fazer a digestão dos alimentos. Na verdade, ele atua mais como um depósito, onde a comida permanece por algum tempo para ser liberada aos poucos no intestino. Os intestinos são responsáveis por fazer a digestão, absorvendo nutrientes e líquidos e eliminando aquilo que não será aproveitado.
Quando uma pessoa faz a gastrectomia total, a mudança em seu processo digestivo está no fato de que não haverá mais esse reservatório. Sendo assim, todos os alimentos sólidos ou líquidos que forem ingeridos vão seguir do esôfago diretamente para o intestino delgado, que é a primeira porção do intestino.
É verdade que haverá um processo de adaptação para que o organismo da pessoa consiga se adequar a sua nova realidade; mas é feito o acompanhamento para que esse processo seja mais tranquilo. Depois, ela continua seguindo sua vida normalmente, sem prejuízos para a alimentação.
Todo procedimento cirúrgico, ainda que classificado como simples, pode oferecer algum tipo de risco para o paciente, e com a gastrectomia, tanto parcial quanto total, isso não é diferente. Os principais riscos que elas oferecem são aqueles típicos de todas as cirurgias, como a inflamação ou infecção no local.
Também podem ocorrer infecções sistêmicas e fístulas, e existe a possibilidade de sangramentos. Porém, todas essas complicações podem ser evitadas, pois o cirurgião fará recomendações para que o pós-operatório aconteça sem problemas. Serão necessários, por exemplo, adequações alimentares, cuidados com a hidratação orgânica, o uso de suplementos alimentares e medicamentos.
Tudo vai depender do tipo de gastrectomia que foi feito e do objetivo pelo qual a cirurgia foi realizada. O tratamento de obesos, por exemplo, também envolve o suporte psicológico, uma vez que ocorre uma grande mudança em sua relação com os alimentos.
Outro efeito esperado da gastrectomia são algumas alterações no modo como o organismo absorve e metaboliza os nutrientes presentes nos alimentos. Isso acontece porque a anatomia do organismo é outra.
Portanto, é fundamental conversar com o especialista que realizará o procedimento e esclarecer todas as dúvidas, entender a fundo como deve ocorrer o pós-operatório para observar todos os cuidados e evitar qualquer risco ou prejuízo para a saúde.
A gastrectomia é um procedimento que pode impactar bastante a vida da pessoa, mas é um tratamento eficiente e muito importante. Quando realizado por um cirurgião experiente, e recebendo a atenção de uma equipe multidisciplinar, a recuperação acontece de uma forma tranquila e o paciente mantém sua qualidade de vida.
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