O esôfago é responsável por transportar os alimentos da boca até o estômago, sendo composto por múltiplas camadas que tem revestimentos específicos. Com a presença de refluxo gastroesofageano em excesso e por tempo prolongado, a camada mais interna, chamada mucosa, pode sofrer alterações, desencadeando o problema chamado de esôfago de Barrett.
O maior problema é que o esôfago de Barrett aumenta a suscetibilidade para o câncer de esôfago, daí a importância de ele ser diagnosticado corretamente. Neste artigo explicaremos como é feito o diagnóstico. Descubra!
O esôfago faz parte do trato gastrointestinal superior. Sua mucosa, por ser uma estrutura interna, não pode ser visualizada a olho nu, sendo assim, para diagnosticarmos o esôfago de Barrett é preciso realizar um exame endoscópico.
A endoscopia digestiva alta (EDA) é a técnica utilizada nesse caso. O médico gastroenterologista utiliza o endoscópio, equipamento que leva uma câmera em sua ponta, para poder visualizar as camadas internas do esôfago.
Para realização da endoscopia o paciente não precisa ficar internado. Ela é realizada no ambulatório ou hospital apenas com administração de um sedativo, para reduzir o estado de consciência do paciente. Ele também recebe um anestésico para garganta, a fim de minimizar as reações do organismo.
O endoscópio é composto por um tubo flexível e uma luz. Ele é inserido pela boca e transmite as imagens por meio de uma micro câmera para o monitor. É dessa forma que o médico consegue identificar áreas da mucosa suspeitas de transformação para Barrett. Estas áreas aparecem em cor de salmão no exame endoscópico e o medico deve retirar pequenos pedaços desta área suspeita através de um procedimento conhecido como biopsia.
Depois da realização desse exame o paciente permanece por alguns minutos ou horas em observação, apenas para acessar o efeito do sedativo, a fim de voltar para casa.
Durante a realização da endoscopia o médico coleta material para biópsia. Uma pequena porção do tecido é removida para ser encaminhada ao laboratório e examinada no microscópio. Essa é mais uma forma de diagnosticar com precisão o esôfago de Barrett.
Alguns pacientes podem apresentar mistura de dois tipos de célula, tanto aquelas originárias do esôfago em si como de outra denominada metaplasia intestinal, . O exame também ajuda a identificar se há risco para o desenvolvimento do câncer de esôfago.
Explicamos que um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do esôfago de Barrett é a doença do refluxo gastroesofágico. Por isso, pode ser difícil fazer o diagnóstico dessa condição apenas com base em sintomas.
O paciente com esôfago de Barrett pode apresentar as mesmas manifestações da doença de refluxo. Assim, ele sente:
Portanto, na presença desses sintomas é preciso procurar um médico para, primeiro, diagnosticar o refluxo gastroesofágico, então, investigar suas possíveis complicações, nesse caso, o esôfago de Barrett.
Não são todos os pacientes com refluxo gastroesofágico que desenvolvem esse problema, mas cerca de 5 a 10% deles podem ter a complicação. Além disso, como explicamos, ela favorece a manifestação do câncer, daí a importância de diagnosticar e tratar adequadamente para evitar o agravamento do quadro.
O tratamento é variado dependendo das condições de cada paciente e pode envolver, por exemplo, medicamentos para controlar o refluxo, terapias ablativas endoscópicas, ressecção da mucosa e cirurgia. O importante é procurar um médico quando há desconforto com refluxo, para evitar que esse quadro evolua para o esôfago de Barrett.
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