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Conheça os sintomas de Pancreatite e saiba como tratar

Atualizado em: 20/04/2022
Por Dr. Marcos Paulo Gouveia de Oliveira
CRM: 174843 | RQE : 94248 - Cirurgia do aparelho digestivo
Sumário

Os sintomas da pancreatite envolvem manifestações como dor abdominal, náuseas, vômitos, inchaço e sensibilidade na barriga. É possível tratar esse processo inflamatório, o que varia dependendo do tipo de pancreatite. Logo, as formas aguda e crônica têm tratamentos diferentes.

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O pâncreas é um órgão que faz parte do sistema digestivo. Ele tem diversas funções, e uma delas é liberar enzimas que se unem à bile no intestino para digerir os alimentos. Além disso, faz a liberação de um hormônio muito importante para o equilíbrio da saúde, a insulina.

Como acontece com outros órgãos, o pâncreas também pode ser acometido por inflamações. Esse quadro é denominado de pancreatite, um problema que requer atenção porque faz com que as enzimas pancreáticas comecem a lesionar o próprio pâncreas, além de afetar outros órgãos importantes, como os rins e o coração.

De toda forma, a pancreatite pode ser tratada para evitar complicações. Neste artigo explicamos como o tratamento é feito, além de apresentar os sintomas que ajudam a identificar os quadros de pancreatite. Acompanhe!

Quais são os sintomas de Pancreatite?

Antes de apresentarmos os sintomas da pancreatite é importante ressaltar que essa inflamação tem dois tipos diferentes, a forma aguda e a crônica.

No primeiro caso a inflamação se manifesta de repente como consequência de outros problemas ou determinadas situações. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas em um determinado momento (também chamado de libação alcoólica) pode causar pancreatite aguda, assim como cálculos biliares, infecções, tumores, traumas abdominais e até mesmo alguns medicamentos.

A pancreatite crônica é a inflamação que evolui de uma forma gradativa e até mesmo silenciosa. Sua duração é mais longa, aos poucos ela prejudica o funcionamento do pâncreas e ele perde as suas funções. A pancreatite crônica também pode estar relacionada com consumo de bebidas alcoólicas, principalmente quando a ingestão excessiva e prolongada é associada ao uso de tabaco.

Também pode ocorrer por causas menos frequentes, como problemas genéticos, hereditários, obstruções do ducto pancreático e fibrose cística.

Agora que você já conhece os tipos de pancreatite, podemos voltar aos seus principais sintomas. Eles ocorrem quando as enzimas pancreáticas são liberadas no pâncreas e começam a destruir as células desse órgão, no caso da pancreatite aguda teremos:

  • Náuseas e vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Inchaço e sensibilidade abdominal;
  • Aceleração dos batimentos cardíacos;
  • Disfunção de órgãos e sistemas (falência renal, cardíaca, pulmonar, etc…) em casos graves.

Já na pancreatite crônica, os principais sintomas são relativos às perdas da função do órgão, assim como da sua fibrose, causados pela inflamação e cicatrização de longa data:

  • Dor abdominal;
  • Inchaço e sensibilidade abdominal;
  • Perda de peso;
  • Desnutrição;
  • Hipovitaminoses;
  • Diarreia com gordura, fezes amareladas ou esbranquiçadas (esteatorréia)
  • Alteração da glicemia, hiperglicemia e diabetes de difícil controle.

É muito importante ressaltar que a pancreatite do tipo aguda é um problema considerado como grave e que evolui para piora com muita rapidez, causando hemorragias e problemas nos rins, no coração e no pulmão, oferecendo risco de óbito.

Por isso, na presença de sintomas característicos de pancreatite, é essencial procurar ajuda médica o mais rápido possível, para realização do tratamento mais adequado de acordo com aquilo que causou a inflamação.

Quais as principais causas de Pancreatite?

Para prevenir e tratar de forma efetiva, é importante saber as principais causas desta doença.

Pancreatite aguda

  • Cálculos biliares (colelitíase);
  • Abuso de álcool agudo (libação alcoólica );
  • Medicamentosa;
  • Excesso de triglicérides;
  • Trauma agudo.

Pancreatite crônica

  • Abuso de álcool;
  • Obstrução do ducto pancreático: tumores, traumas, cistos;
  • Doenças inflamatórias auto-imunes;
  • Excesso de triglicérides;
  • Pancreatites auto-imune ou idiopática.

Como a Pancreatite é tratada?

Como existem tipos diferentes de pancreatite, as formas de tratamento também variam para cada um deles. Veja a seguir de que maneira a pancreatite crônica e a aguda são tratadas.

Pancreatite aguda

A pancreatite aguda deve ser tratada em ambiente hospitalar. Isso porque o paciente precisa permanecer em repouso e observação, recebendo hidratação intravenosa e com início de uma terapia nutricional efetiva o mais precoce possível. Essas medidas são adotadas porque a inflamação deve regredir sozinha e cabe a equipe assistente corrigir e minimizar os danos aos demais sistemas e órgãos.

Em 90% dos casos de pancreatite aguda o pâncreas consegue se recuperar rapidamente. Entretanto, os restantes 10% têm o risco de desenvolver a forma grave do problema, ou seja, com lesões em outros órgãos.

Essas complicações exigem atendimento em unidades de terapia intensiva. Há também o risco de necrose da glândula e, quando isso acontece, o tratamento poderá ser feito por meio de cirurgia para remover o tecido necrosado, geralmente, em último caso.

Pancreatite crônica

Diferentemente da pancreatite aguda, a pancreatite crônica é um problema que não tem cura, ou seja, as lesões sofridas pelo pâncreas não podem ser divertidas. Mas é possível adotar medidas para evitar crises e também novas lesões no órgão, assim como a progressão da doença.

Nesse caso, é fundamental que a causa da doença seja estabelecida, pois desta forma o fator agressor pode ser retirado ou suprimido, como suspensão do etilismo e tabagismo. 

O recomendado é fazer adequações na alimentação, dando preferência para um cardápio mais natural e evitando as gorduras. Alguns pacientes podem precisar de medicamentos para reposição das enzimas pancreáticas.

Quando o pâncreas já não consegue mais produzir essas enzimas de maneira natural, esses medicamentos ajudam na digestão e na absorção dos nutrientes presentes nos alimentos. Quando o diabetes está associado à inflamação, é preciso fazer um tratamento específico para esse problema, muitas vezes com necessidade de injeções de insulina desde o momento do diagnóstico.

Como você viu, tanto a forma aguda quanto a forma crônica da pancreatite são problemas com tendência a evoluir para quadros graves e complicações severas. Sendo assim, a identificação precoce dos sintomas e o início do tratamento são medidas indispensáveis para proteger a saúde do pâncreas e evitar maiores impactos no organismo.

Dr. Marcos Paulo Gouveia de Oliveira

Dr. Marcos Paulo Gouveia de Oliveira

CRM: 174843 | RQE : 94248 - Cirurgia do aparelho digestivo
O Dr. Marcos Gouveia tem foco em Cirurgia Bariátrica e Metabólica, além de procedimentos minimamente invasivos do estômago, intestino e de hérnias da parede abdominal.

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