A doença inflamatória intestinal (DII) é tratada de acordo com o tipo de problema desenvolvido. Isso porque existem diversas condições que afetam o intestino em diferentes partes, desencadeando processos inflamatórios e ulcerações.
Existem diferentes tipos de doenças inflamatórias intestinais. Elas provocam uma inflamação crônica que pode atingir especificamente uma das partes do intestino, ou o sistema digestivo desde a boca até o ânus, como acontece com a doença de Crohn.
É preciso recorrer ao tratamento não só para aliviar os diversos sintomas que essas informações provocam, mas também porque podem levar à complicações sérias. Inclusive, existe o risco de câncer no intestino.
De acordo com a ABCD (Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn), os casos de DII vêm aumentando, e foi por isso que preparamos este artigo. Ele alerta sobre essas condições, seus sintomas e tratamentos. Continue lendo e confira:
Como explicamos, existe mais de um tipo de doença inflamatória intestinal (DII), por isso, seus sintomas podem apresentar algumas variações dependendo da condição que está se manifestando. De toda forma, eles se mostram similares em alguns casos.
Uma pessoa com intestino inflamado manifesta, principalmente, dores abdominais e diarreia. No caso da doença de Crohn, também ocorre:
Já os pacientes com inflamação intestinal decorrente da colite ulcerativa, apresentam um diarreia com uma urgência de ir ao banheiro, chegando a evacuar até mesmo 20 vezes por dia. Além disso, ocorre:
É interessante saber que a Síndrome do Intestino Irritável (SII) não se classifica como uma DII. Isso porque a pessoa também apresenta uma série de sintomas, como a dor abdominal, diarreia ou constipação, mas os exames laboratoriais não apresentam anormalidades, e também não há alterações na parede do intestino.
As DIIs como Doença de Crohn e a retocolite são consideradas doenças crônicas. Como seu nome indica, deixam o intestino inflamado, mas com alterações diferentes nos tecidos. Afinal, também como citamos, cada uma delas atinge uma porção diferente dele.
A doença de Crohn pode afetar qualquer porção do aparelho digestivo, desde a boca até o ânus. De toda forma, é mais comum que ela se manifeste no íleo, uma das porções do intestino delgado, e no cólon, localizado no intestino grosso. Já a colite ulcerativa afeta somente o intestino grosso, provocando úlceras.
Assim, existe uma similaridade de sintomas, porém essas doenças são diferentes. Daí a importância de um diagnóstico minucioso, para que seja indicado o tratamento correto. Existem diferentes exames que podem diagnosticar ambos os problemas.
Testes laboratoriais de fezes e sangue são procedimentos que ajudam a identificar o intestino inflamado. Mas para diagnosticar com exatidão a doença é preciso complementar com outras técnicas, que podem ser:
O resultado desses exames é o que vai ajudar o médico a indicar o melhor tratamento para a doença inflamatória em curso.
A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa tem a característica similar de serem problemas causados por alterações do sistema imunológico. Por isso, em alguns casos o paciente realiza o tratamento com imunodepressores. Por causa da aceleração do trânsito intestinal, é preciso oferecer suplementação de nutrientes, já que o organismo não aproveita bem alimentação.
Também são administrados anti-inflamatórios com ação específica no intestino; e ainda, pode ser realizada a cirurgia para retirada da porção do intestino que está lesionada. Porém, isso não exclui a possibilidade de a doença se manifestar outra vez.
Como dito, esse é um problema crônico, que se relaciona com o mau funcionamento do sistema imunológico, e ainda pode ter suas crises desencadeadas por fatores externos. Logo, é preciso também uma mudança de hábitos e um acompanhamento constante, para evitar que o intestino inflame outra vez.
É válido lembrar que a doença inflamatória intestinal pode ter consequências graves, em especial no caso da retocolite, que favorece o câncer de intestino. Assim, na manifestação dos primeiros sintomas e em caso de dúvida, é muito importante procurar um especialista. Serão realizados todos os exames para dar início a um tratamento, se for necessário.
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