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Cirurgia para câncer de intestino: como funciona?

Por Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio10/12/2020
Tempo de leitura: 5 minutos
Por Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio
10/12/20
Sumário

A cirurgia para câncer de intestino é um tratamento indicado para diferentes estágios desse tipo de câncer, sendo desde aqueles mais iniciais aos avançados e em metástase. Por isso, a técnica varia em função da necessidade do paciente e das características da doença.

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Os cânceres que se desenvolvem no intestino são tratados principalmente por meio de procedimentos cirúrgicos. A cirurgia para câncer de intestino é realizada com o objetivo de remover o tumor, eliminar obstruções ou possibilitar ao paciente a realização de outros tratamentos, como a quimioterapia.

Por isso, existem diversas técnicas que podem ser aplicadas, e a escolha delas varia de acordo com o estágio da doença, a localização desses tumores, suas consequências no organismo, as condições clínicas do paciente, entre outros fatores. Assim, é um tema muito complexo que precisa ser tratado de forma individualizada.

Preparamos este artigo para apresentar alguns aspectos da cirurgia para câncer de intestino, a fim de que você se inteire um pouco mais a respeito desse assunto. Então continue lendo e entenda:

Quando a cirurgia para câncer de intestino é indicada?

A cirurgia é indicada para diferentes tipos de tumores malignos que se desenvolvem no intestino grosso. Pode ser recomendada tanto para os pacientes que estão no estágio inicial da doença quanto para aqueles que já se encontram em uma fase mais avançada.

Assim como acontece com outros tipos da doença, as chances de cura do câncer de intestino são ainda maiores quando a doença é descoberta no começo. Isso é feito por meio da identificação dos seus sintomas, que geram suspeitas e levam à realização de exames para obter o diagnóstico.

A colonoscopia é um dos exames que contribuem para identificar a presença do câncer de intestino. Ela é um exame importante também para acompanhamento de quadros que favorecem a manifestação dos tumores malignos, como o desenvolvimento de pólipos intestinais.

Mas ela não é apenas um método diagnóstico, porque dependendo do estágio do câncer descoberto, essa técnica pode ser utilizada também para fazer a retirada de pólipos e pequenos tumores de colon em estágio inicial ou na fase pré-câncer .

Uma das características do câncer de intestino é ser uma doença silenciosa, por isso, na maioria dos casos ela não manifesta sintomas. Eles vão ocorrer apenas anos depois de a doença ter iniciado, quando já se encontram em um estágio mais avançado. Quando isso acontece ocorrem manifestações como:

  • dor ou dificuldade para evacuar;
  • diarreia;
  • fraqueza;
  • sangramento nas fezes;
  • perda de peso;
  • constipação;
  • náuseas e vômitos;
  • perda de apetite.

Entretanto, é válido ressaltar que o câncer é uma doença que pode variar bastante para cada paciente. Sendo assim, o acompanhamento médico é indispensável para conhecer detalhes da doença e indicar o melhor tratamento.

Como a cirurgia de câncer de intestino é realizada?

Conforme explicamos, a cirurgia para câncer de cóloné realizada por meio de diferentes técnicas.

Isso porque o procedimento é adotado de acordo com a porção do intestino grosso que foi afetada, se houve a infiltração para outros órgãos ou estruturas e conforme outras características da doença e do paciente que está sendo tratado.

Algumas técnicas que podem ser adotadas para tratar o câncer colorretal e outros que atingem o intestino são:

  • Polipectomia: para retirada de pólipos e tumores iniciais;
  • Excisão local: indicada para remoção de tumores menores e quando é preciso remover uma porção pequena de tecido;
  • Ressecção transanal local: para remover tumores de menor volume localizados no reto, próximo ao ânus;
  • Microcirurgia endoscópica transanal: para os tumores que não podem ser alcançados com a ressecção transanal local;
  • Colectomia parcial com retirada do segmento do colon afetado pelo tumor;
  • Ressecção anterior baixa: além do tumor, é retirada parte do reto;
  • Protectomia com anastomose coloanal: é feita a retirada total do reto com ligação do cólon ao ânus;
  • Ressecção abdominoperineal: realizada quando a doença atinge o esfíncter anal;
  • Exenteração pélvica: é feita a remoção do reto e outros órgãos que tenham sido atingidos pela doença, como próstata, útero ou bexiga.

A cirurgia, independentemente da técnica utilizada, é realizada em ambiente hospitalar. O paciente recebe anestesia, que pode ser local ou geral, dependendo das intervenções que serão realizadas. Assim, a preparação para o procedimento também varia em cada caso.

Podem ser realizadas incisões no abdômen para ter acesso ao local que será operado, no entanto, existem técnicas que são realizadas por via anal. Em alguns casos são feitos procedimentos complementares, como a derivação de colostomia. Sendo assim, o tratamento é muito personalizado.

Quais são os riscos da cirurgia de intestino?

Todo procedimento cirúrgico oferece possíveis riscos, e isso não é diferente no caso daqueles realizados para tratar o câncer colorretal e de outras partes do intestino. De toda forma, eles variam de acordo com a extensão das intervenções realizadas, bem como das condições  clínicas do paciente.

De um modo geral, podem ocorrer sangramentos e infecções. No caso da cirurgia realizada no reto, pode afetar a sexualidade dos homens, como dificultando alcançar o orgasmo. Nas mulheres, as aderências abdominais causadas pelo tecido cicatricial podem provocar certo desconforto durante a relação sexual.

Como acontece o pós-operatório dessa cirurgia?

Para minimizar os desconfortos e diminuir os riscos da cirurgia de câncer de intestino é fundamental seguir rigorosamente as recomendações do especialista durante o pós-operatório. Alguns pacientes podem precisar de uma bolsa para auxiliar na evacuação das fezes, e ela também requer cuidados especiais. que são indicados pelo cirurgião.

De um modo geral, o paciente precisa manter repouso, evitar esforços e atividades físicas, além de manter uma boa alimentação. O ideal é que a dieta seja elaborada por um nutricionista, uma vez que cada paciente tem as suas próprias necessidades.

De toda forma, é importante beber bastante água e sucos para manter a hidratação do organismo. Alimentos fritos e industrializados devem ser evitados, sempre dando preferência para opções naturais para compor um cardápio rico em fibras, a fim de facilitar a eliminação das fezes.

Fazer pequenas refeições ao longo do dia e evitar a grande ingestão de líquido durante elas também favorece o processo de recuperação. E ainda, é fundamental administrar corretamente os medicamentos que foram receitados pelo especialista.

Um detalhe que não pode ser esquecido é que a cirurgia para câncer de intestino é adequada para a necessidade de cada paciente. Logo, o ideal é esclarecer todas as dúvidas com o médico que está acompanhando o caso para saber exatamente como o procedimento será realizado e quais são os cuidados necessários para ter uma recuperação melhor.

O câncer de intestino é uma doença silenciosa que pode ser causada por diversos fatores, como hábitos alimentares, doenças intestinais e até mesmo a predisposição genética, para aqueles que têm história familiar da doença. Assim, o acompanhamento médico periódico é fundamental para obter um diagnóstico precoce, principalmente quando houver risco.

Dr. Marcos Paulo Gouveia de Oliveira | Hepatogastro

Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio

CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
O Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. Especialista em Cirurgia Digestiva e Videocirurgia. Atua como cirurgião do aparelho digestivo, com ênfase em cirurgia de fígado, pâncreas e vias biliares.
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Última atualização: 28/03/2024 às 14:40
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