Agende Sua Consulta

Como são feitos os testes para Helicobacter pylori? Descubra!

Atualizado em: 17/08/2023
Por Dr. Paolo Salvalaggio
CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
Sumário

Os testes para Helicobacter pylori são exames que ajudam a detectar a presença dessa bactéria no organismo.

A Imagem Mostra Uma Mão Segurando Um Prato Plástico Esterilizado.
Como São Feitos Os Testes Para Helicobacter Pylori? Descubra! 2

A Helicobacter pylori é uma bactéria que se instala no estômago e provoca reações inflamatórias em seus tecidos. Os testes para Helicobacter pylori identificam a presença desse microrganismo, ajudam a obter um diagnóstico e guiar o melhor tratamento.

É importante identificar a presença da H. pylori porque ela é uma das principais causadoras da gastrite. Também pode levar a quadros de esofagite, duodenite e outros mais severos, como úlceras e até mesmo câncer de estômago.

Neste artigo você vai conhecer alguns testes para Helicobacter pylori e conferir de que maneira é obtido o diagnóstico para presença dessa bactéria no estômago. Continue lendo e confira:

Boa leitura!

Teste de urease via endoscópica

Pacientes com quadros confirmados de inflamações ou úlceras, ou aqueles com suspeita de H. pylori podem ser submetidos ao exame de endoscopia digestiva alta. Ele é feito com o auxílio do endoscópio e possibilita verificar a parte interna do estômago.

Um tubo flexível composto por uma câmera na ponta é inserido pela garganta do paciente sedado. Junto dele, segue um instrumento que coleta um pequeno fragmento do tecido estomacal para ser analisado.

Esse teste para H. pylori é rápido e feito durante a endoscopia com o teste da urease. O fragmento é analisado em uma solução de ureia e um marcador de pH. Sua coloração modifica quando há urease bacteriana, que leva à alcalinização da solução, permitindo identificar a presença da bactéria.

Em algumas situações o diagnostico também pode ser feito com o uso de uma biópsia e estudo específico por um médico especialista chamado patologista.

Teste respiratório

Também faz a análise da urease bacteriana, porém, de uma forma não invasiva. Nesse teste é feita a análise do gás carbônico expelido pelo paciente durante o processo de respiração, sendo que a amostra passa por duas leituras diferentes.

A primeira é a leitura basal e a outra é feita 30 minutos depois de o paciente fazer a ingestão de um marcador diluído em suco de fruta. Sua sensibilidade pode ficar acima de 95%, por isso, esse teste para Helicobacter pylori é considerado o melhor não invasivo para fazer o acompanhamento dos resultados do tratamento contra a infecção pela bactéria.

Antígeno fecal

A eficácia do teste do antígeno fecal gira em torno de 94%, sendo também uma técnica não invasiva. Identifica a presença da Helicobacter pylori no organismo por meio da análise de amostras de fezes.

O método passou por mudanças ao longo do tempo, sendo que inicialmente utilizava anticorpos policlonais para analisar a reação à presença da Helicobacter pylori. Também foi desenvolvido um ensaio com anticorpos monoclonais, que conseguem detectar os antígenos bacterianos.

Isso significa que são utilizados anticorpos que reagem contra a Helicobacter pylori. A amostra fecal é submetida a esses anticorpos e, se houver uma reação por parte deles, significa que o micro-organismo está presente ali.

Os especialistas têm alguns cuidados em relação a esse método porque o uso de medicações recentes pode interferir nos resultados. Além disso, não é possível fazer análise em fezes diarreicas.

Sorologia

A sorologia também pode ser utilizada como um dos testes para H. pylori. Essa técnica consiste em fazer análise do soro sanguíneo para que seja identificada a presença de antígenos e anticorpos na amostra que foi colhida. Ou seja, consiste em um exame de sangue.

Esse é um método pouco invasivo e que também é bastante simples, com a vantagem de não ser afetado pelo uso de medicações mais recentes. Porém, pode apresentar algumas variações de resultado em cada população, e ainda tem uma eficiência menor em crianças.

O mais importante é que na presença de sintomas recorrentes, como indigestão, azia, queimação e outros similares aos de gastrite, o gastroenterologista seja procurado. Ele vai recomendar um dos testes para Helicobacter pylori, a fim de investigar a presença dessa bactéria e guiar o melhor tratamento, devolvendo a qualidade de vida para o paciente.

O que achou do conteúdo? Deixe seu comentário!

Até a próxima!

Dr. Paolo Salvalaggio

Dr. Paolo Salvalaggio

CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
O Dr. Paolo Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Realizou Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. É Especialista em Cirurgia Digestiva, Videocirurgia e Cirurgia Robótica. Atua há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo. Concentra Atuação no Tratamento de Hérnias da parede abdominal, Refluxo Gastroesofageano e dos problemas do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares.

Compartilhe nas redes sociais:

Veja mais publicações aqui:

Prevenção do Câncer de Estômago: fatores de risco, sintomas e diagnóstico

14/08/2024
Conhecer os fatores de risco para o câncer de estômago, como histórico familiar e infecção por H. pylori, pode ajudar na prevenção. Estar atento aos sintomas iniciais e buscar diagnóstico precoce são cruciais para um tratamento eficaz. Entenda mais sobre esse assunto lendo o texto abaixo! O câncer de estômago, cujo tipo mais frequente é […]
Leia mais

Descobri um tumor no estômago em estágio avançado. Existe tratamento?

12/08/2024
O câncer de estômago é uma neoplasia que afeta o trato digestivo e é uma das mais comuns em sua categoria. Nos últimos anos, a incidência desse tipo de tumor tem aumentado, impulsionada por fatores como hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e infecções por H. Pylori, além de predisposições genéticas. No texto de hoje, vamos discutir […]
Leia mais
teste

Desenvolvido por Surya Marketing Médico.

Clínica Hepatogastro © 2024 Direitos reservados Atualizado em: 17/08/2023
magnifiercross