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O refluxo gastroesofágico acontece quando o conteúdo do estômago retorna pelo esôfago e a garganta, podendo até mesmo chegar à boca. Consiste principalmente do suco gástrico, extremamente ácido, que é responsável pela digestão.
Quando o refluxo acontece, a pessoa manifesta sintomas como azia e queimação, porque os ácidos provocam agressões nos tecidos do esôfago, que não têm a mesma proteção que o estômago. Sendo assim, com o passar do tempo pode haver complicações como a formação de úlceras e o esôfago de Barrett.
Existem opções de tratamento para o refluxo gastroesofágico, sendo que a cirurgia é uma delas. Neste artigo explicaremos quando é preciso recorrer a esse procedimento para tratar o problema e como essa técnica funciona. Continue lendo para saber mais!
O tratamento para refluxo é adotado quando a pessoa apresenta episódios constantes de retorno do conteúdo estomacal. Nesse primeiro momento o médico adota técnicas conservadoras para minimizar o problema e evitar novas crises.
São administrados medicamentos que fazem o controle da produção de suco gástrico e melhoram a motilidade do estômago. Assim, a digestão acontece de uma forma mais fácil. Também é recomendado fazer uma mudança na dieta, evitando algumas substâncias e alimentos, preferindo porções menores mais vezes ao dia, com aumento do intervalo entre o jantar e o deitar, e deitar com aumento da cabeceira.
De toda forma, a cirurgia de refluxo pode ser realizada se a pessoa estiver apresentando complicações, como a já citada úlcera e o esôfago de Barret. Também para aqueles que apresentam refluxo há muito tempo, com uma intensidade maior ou sintomas muito frequentes e que não conseguem ficar sem medicação. Ainda, pode ser considerado o desejo do paciente fazer a cirurgia. Às vezes, as medidas antirrefluxo e os medicamentos não são suficientes para controlar o refluxo e a cirurgia pode ser uma opção em casos selecionados.
A técnica mais comumente adotada para realização da cirurgia de refluxo é fundoplicatura realizada por laparoscopia e conhecida como cirurgia de Nissen. Isso porque é um procedimento menos invasivo do que as cirurgias abertas, apresentando uma recuperação mais rápida, com o pós-operatório mais confortável.
A cirurgia por laparoscopia é realizada em ambiente hospitalar com o paciente sob anestesia geral. O cirurgião faz até cinco pequenos cortes na região mais alta do abdômen por onde ele vai inserir os instrumentos cirúrgicos e uma pequena câmera. É com o auxílio dela que visualiza o local que deve ser operado eliminando, assim, a necessidade de grandes cortes.
Utilizando essa técnica o paciente geralmente recebe alta um dia após a cirurgia. De toda forma, é preciso respeitar o período pós-operatório, mantendo um repouso de uma ou duas semanas para voltar ao trabalho e respeitando uma dieta que progrida lentamente até alimentação normal, em poucas semanas, conforme descrito abaixo.
Para que a recuperação aconteça mais rápido, são feitas algumas recomendações durante o período de pós-operatório. Uma delas é, nos primeiros dias, fazer pequenas caminhadas para não permanecer muito tempo sentado ou deitado.
Entretanto, é importante evitar atividades mais intensas. Além disso, não se deve levantar pesos, e os exercícios físicos e atividade diárias podem ser progredidos lentamente, conforme orientação do médico.
É importante, também, manter local operado limpo e seco conforme recomendação do especialista. Deve-se, ainda, fazer a administração correta dos medicamentos, como analgésicos.
Quanto à dieta, é fundamental seguir as instruções do especialista, uma vez que a cirurgia envolveu o sistema digestivo. Na primeira, ou até a segunda semana, é interessante se alimentar apenas com líquidos e, aos poucos, acrescentar alimentos cremosos e fáceis de digerir, gradativamente retomando a alimentação normal.
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