Episódios isolados de refluxo gastroesofágico não oferecem grandes riscos de complicações. No entanto, quando os eventos ocorrem com mais frequência, o esôfago é machucado e podem surgir problemas associados em decorrência dessas agressões.
Por isso, o refluxo requer atenção quando se manifesta constantemente, exigindo acompanhamento médico para definir quais medidas são mais eficazes em cada caso.
Você sabe por que é tão importante fazer o tratamento do refluxo? Continue lendo e veja quais complicações são decorrentes dele para compreender que a preocupação não é apenas com os sintomas incômodos que provoca, mas com a saúde de um modo geral.
Quadros de estenose se caracterizam pelo estreitamento de uma estrutura orgânica com formato tubular. As agressões sofridas pelos tecidos do esôfago desencadeiam feridas que cicatrizam e formam membranas fibróticas. Esse quadro causa alterações na anatomia natural do órgão.
Como consequência, o indivíduo pode sentir dificuldade para engolir ou mesmo dores durante a deglutição. Essas reações acontecem porque o esôfago fica estreito demais para permitir a passagem dos alimentos, e pode ter como consequência, também, o emagrecimento em função da dificuldade de se alimentar.
A esofagite é uma inflamação que se manifesta no esôfago. Entre outras causas ela também pode ser decorrente de episódios frequentes de refluxo gastroesofágico. Nesse caso, é provocada pelo contato excessivo com os ácidos do estômago.
Os tecidos esofágicos não têm a mesma proteção que a parede estomacal, por isso, quando em contato com os ácidos, eles sofrem agressões e pequenas lesões. Há uma resposta do organismo em função desses machucados, que acabam inflamando e provocando a esofagite.
Como explicamos, o esôfago não tem uma estrutura devidamente preparada e protegida contra a composição dos sucos digestivos. Assim, além da esofagite, existe a possibilidade de o refluxo gastroesofágico levar à formação de úlceras.
Elas são feridas que se formam nas paredes do esôfago, da mesma forma como podem acontecer dentro do estômago. São bastante dolorosas e podem ser numerosas, dependendo das agressões sofridas pelo órgão e do nível de acidez do conteúdo estomacal.
Os tecidos que compõem o esôfago são formados por células com características específicas desse órgão. Porém, elas podem sofrer transformações por causa do contato excessivo com o conteúdo estomacal e em função da sua acidez.
Pacientes que convivem há muito tempo com o refluxo podem desenvolver no esôfago células similares àquelas encontradas no intestino. Esse problema recebe o nome de esôfago de Barrett.
Essa alteração não provoca sintomas específicos, no entanto, o indivíduo pode manifestar aqueles que já são decorrentes do próprio refluxo gastroesofágico, sendo azia, sensação de queimação, desconforto no tórax, tosse entre outros. A preocupação está no fato de que ele favorece a manifestação do câncer esofágico e necessita de seguimento e tratamento mais avançados.
O câncer do esôfago pode ser provocado pelo refluxo esofágico em função das alterações nas células que citamos no item anterior. Como você viu, o esôfago de Barret aumenta as chances de o indivíduo desenvolver células malignas com o passar do tempo.
É verdade que nem todos os pacientes com refluxo ou esôfago de Barret vão desenvolver um câncer. De toda forma, o quadro precisa ser acompanhado de perto para evitar a progressão da doença e essa possível complicação.
Por isso, o retorno do conteúdo estomacal deve ser devidamente investigado e tratado para evitar as agressões contínuas ao esôfago, que vão agravar a condição e favorecer novas mutações celulares, levando ao desenvolvimento do câncer.
Os sintomas do refluxo gastroesofágico por si só são bastante desconfortáveis e afetam o bem-estar e a qualidade de vida. Porém, o tratamento é fundamental também para evitar essas complicações que citamos. Por isso, se você sente o retorno do conteúdo estomacal com frequência procure ajuda médica para conter o problema.
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