A colecistectomia consiste na remoção da vesícula biliar, órgão responsável pelo armazenamento da bile produzida pelo fígado. Alterações como cálculos, inflamação ou neoplasias na vesícula podem requerer esse procedimento. Saiba como funciona!
A colecistectomia consiste na cirurgia de remoção da vesícula biliar, pequeno órgão em formato de saco que se localiza junto ao fígado.
Sua função consiste no armazenamento da bile, uma secreção amarela esverdeada produzida pelo fígado que é importante para a digestão de gorduras e vitaminas no intestino.
Lendo assim, parece um sistema perfeito, não é mesmo? E é! Porém, muitas vezes, condições patológicas se desenvolvem e alteram esse funcionamento, podendo ser necessária a realização da colecistectomia.
Saiba como funciona esse procedimento e quais os cuidados necessários lendo este artigo!
As principais indicações de colecistectomia são a colelitíase, mais conhecida como “pedras ou cálculos na vesícula” associada ou não com a inflamação da mesma, denominada colecistite. Além destas, as neoplasias constituem uma importante indicação para esse procedimento.
A necessidade de realizar colecistectomia em um paciente com cálculos ou pedras na vesícula depende da avaliação de diversos fatores.
Entre eles estão: presença de sintomas; história de colecistite, pancreatite ou fístula biliar devido à colelitíase; alto risco de complicações decorrentes de outras condições do paciente; cálculos com mais de 3 centímetros de diâmetro; e anomalias congênitas do sistema biliar.
Algumas condições clínicas do paciente podem impedir que a cirurgia seja realizada, como comprometimento grave da função cardíaca, renal ou hepática.
A inflamação da vesícula (colecistite), quando associada a condições mais graves e complicações, como empiema (pus no interior da vesícula), enfisema (ar dentro ou na parede da vesícula, o que indica infecção por agentes produtores de gás) ou perfuração (criação de uma comunicação da vesícula para a cavidade abdominal), pode necessitar de colecistectomia urgente.
Em caso de neoplasias da vesícula biliar, o tratamento cirúrgico por meio da colecistectomia é sempre indicado. Porém, a retirada total do tumor nesses casos, infelizmente, nem sempre é possível, necessitando de abordagens mais radicais. Ou seja, é necessária a retirada de uma margem cirurgia oncológica, de segurança, junto com a retirada da vesícula.
Para realização da colecistectomia, o paciente deve estar com anestesia geral. Pacientes sem complicações permanecem internados, em média, por 24 a 36 horas após a cirurgia. Já aqueles mais graves podem necessitar de um maior tempo para se recuperar.
A colecistectomia pode ser realizada por cirurgia aberta, por vídeo ou plataforma Robótica. A cirurgia aberta é realizada por meio de uma incisão no abdome na região da vesícula biliar. Essa modalidade é mais invasiva, por isso, o tempo de recuperação é um pouco maior do que a cirurgia por vídeo e a cicatriz é mais visível.
Na colecistectomia por vídeo ou robótica, realizam-se pequenas incisões no abdome para inserir as pinças e a câmera. Nessas condições, há menor invasão, tendo como consequência tempo de recuperação mais curto e cicatriz mais discreta, o que permite que o paciente retorne às suas atividades normais com mais rapidez e conforto.
Entre as possíveis complicações que podem decorrer da colecistectomia estão formação de abscesso, hemorragia, fístula, extravasamentos de bile, icterícia (pele e olhos amarelados, urina escura e fezes com cor clara), entre outros. No entanto, a taxa de complicações graves é muito baixa.
A colecistectomia por vídeo apresenta menores chances de complicações, baixa taxa de mortalidade e pequenos índices de lesões dos ductos biliares quando comparada à cirurgia aberta, sendo uma opção mais viável para o paciente e sua saúde, quando possível de ser realizada.
Apesar dos possíveis riscos, a colecistectomia gera alívio dos sintomas na grande maioria dos pacientes com patologias da vesícula biliar.
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