A Cirurgia Bariátrica é um dos procedimentos mais promissores e eficazes para os pacientes que possuem obesidade, porém após a cirurgia é necessário que sejam seguidos novos hábitos alimentares para uma melhor recuperação.
Neste post, falaremos sobre a dieta no período após a cirurgia bariátrica e a importância do acompanhamento de outros profissionais durante o pós-operatório. Acompanhe!
Vivemos em uma pandemia de obesidade e com o aumento da incidência dessa doença, os recursos para seu tratamento tem aumentado também, entre eles a cirurgia bariátrica, um dos procedimentos mais promissores e que entregam o melhor resultado a longo prazo. Para que essa cirurgia seja realizada, o cirurgião utiliza materiais especiais para fazer o grampeamento e a costura entre o estômago e o intestino.
No pós-operatório, queremos preservar essas anastomoses e grampeamento, por isso a primeira fase da dieta, é uma dieta líquida em pequenos volumes e de baixa caloria, com a adaptação do paciente a essa nova dieta, vamos progredindo lentamente entre as outras fases.
Nesse primeiro momento o paciente também não sente muita fome, justamente pelo tamanho reduzido do estômago e precisamos lembrá-lo de se hidratar bastante, porque o paciente que não sente fome e não sente sede, tem o risco de evoluir com uma desidratação, então além de tomar em poucos volumes, ele deve aumentar a frequência de ingestão, principalmente de líquidos, água, água de coco, etc.
Após a adaptação dessa dieta, o paciente passa para uma dieta mais cremosa, então ele poderá se alimentar de vitamina, de alguns líquidos mais consistentes e vai aumentando gradativamente o seu volume. Após esse processo, ele pode se alimentar de uma consistência mais pastosa e conforme for lentamente progredindo, ele poderá voltar a comer alimentos sólidos, lembrando sempre de mastigar bastante.
Geralmente a transição entre a dieta líquida que é iniciada no primeiro dia da cirurgia, até o paciente iniciar a comer os alimentos habituais de seu dia a dia, claramente em menor volume, geralmente demora cerca de dois meses, por isso é imprescindível que o paciente que vai fazer ou que fez a cirurgia, tenha um acompanhamento multidisciplinar, com o nutricionista para uma orientação adequada em relação a quantidade, qual o tipo de alimento, se ele está tendo alguma reação; é como uma hipoglicemia, que faz com que seja preciso mudar o tipo de alimento de maneira mais precoce ou que adicione algum suplemento alimentar junto com a dieta.
Acompanhamento psicológico também é necessário para que esse momento não seja tão difícil, do ponto de vista psicológico, geralmente temos o hábito de descontar algumas ansiedades do dia a dia na alimentação.
A presença do cirurgião e do endocrinologista nesse processo, é importante para acompanhar se não haverá nenhuma questão anatômica que impeça com que o paciente evolua de maneira adequada a dieta e que esse novo formato de alimentação pobre em calorias e em vitaminas, principalmente no primeiro momento, impacte no funcionamento do metabolismo do organismo dessa pessoa.
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