A hepatite autoimune é uma doença crônica, que permanece por anos na vida da pessoa, e a maior dúvida dos pacientes, após o diagnóstico, é como será a vida com essa doença.
Neste post, iremos explicar o que pode mudar na vida de um paciente diagnosticado com hepatite autoimune. Continue lendo para entender melhor.
Considerando que a grande maioria dos pacientes que têm hepatite autoimune, são mulheres jovens, essa é uma pergunta extremamente presente e relevante no consultório, no dia a dia de um hepatologista, e deve ser uma dúvida que fica na cabeça de todos os pacientes quando recebem esse diagnóstico de forma inicial. Perguntas como "o que vai ser da minha vida?" "quanto tempo vou ter que tomar esse remédio?" "o que posso e o que não posso fazer?", são questionamentos naturais quando se recebe um diagnóstico de uma doença crônica, que é uma doença que vai perdurar por muitos e muitos anos.
É importante saber que isso não é um bicho de 7 cabeças, apesar das adolescentes ficarem mais preocupadas, não só em relação ao seu convívio social mas em relação a tudo na vida delas, como carreira profissional, gestação e tudo mais, tudo isso pode ser controlado se o diagnóstico for precoce.
Eu tenho muitas pacientes, inclusive, duas atualmente, que tiveram seus nenéns e continuam em acompanhamento comigo, e não foi nenhum problema, a gestação se deu de forma extremamente tranquila.
A única coisa que vai mudar na sua rotina, é que você vai ter que colocar um despertador para lembrar de tomar a sua medicação todo dia, e que você vai ter que passar em consulta com o hepatologista de tempos em tempos, de 3 em 3 meses, de 4 em 4 meses, a sua rotina não muda. Uma vez que a doença é controlada com a medicação, a sua vida fica absolutamente normal, você vai poder estudar, fazer faculdade, viajar, sair com os seus amigos, e isso não vai ter nenhum impacto na sua vida, a não ser que você não tome a medicação.
As medicações sim, apresentam alguns efeitos colaterais, que a gente tenta minimizar com a redução progressiva da dose, até o quanto é possível diminuir. Mas, é sempre importante a gente ressaltar, que no momento que a gente decide colocar uma nova medicação, seja qual for a doença, a gente sempre coloca na balança do custo benefício, se essa medicação vai fazer mais mal ou vai fazer mais bem, e na hepatite autoimune ela sempre vai fazer mais bem, porque os efeitos colaterais são sempre muito pequenos e pouco prevalentes, com o impacto que a medicação faz com o curso da doença, que é muito significativo, pois ele altera completamente o curso da doença, permitindo que você tenha uma vida completamente normal, onde você vai poder escolher a profissão que quiser, fazer o que você quiser relacionado a sua vida social, ter quantos filhos quiser, mas isso também deve ser uma decisão compartilhada e acompanhada pelo seu hepatologista.
A partir do momento que você decide seguir o tratamento com aderência que a gente recomenda, você vai ter uma vida normal, sem nem lembrar que você tem hepatite autoimune.
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