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Pancreatite aguda ou crônica? Veja as principais diferenças

Atualizado em: 14/07/2025
Por Equipe médica Hepatogastro
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A pancreatite pode se manifestar de forma aguda ou crônica, sendo essencial reconhecer suas diferenças para um diagnóstico e tratamento adequados. Enquanto a pancreatite aguda surge de forma repentina, a crônica se desenvolve com o tempo, podendo comprometer funções digestivas. Entenda mais sobre esse assunto!

Médico com luvas e vestimenta cirúrgica segurando uma pinça com agulha e fio de sutura, em ambiente de centro cirúrgico.

A pancreatite é uma inflamação do pâncreas, órgão fundamental para a digestão e controle glicêmico. Essa condição pode se apresentar de duas formas: pancreatite aguda, que surge de maneira súbita, e pancreatite crônica, caracterizada por episódios recorrentes que provocam danos permanentes ao órgão.

A forma aguda é mais comum e costuma estar associada a cálculos biliares. Já a crônica está mais relacionada a hábitos de vida, como consumo crônico de álcool, e doenças metabólicas.

Ambas as formas requerem atenção médica, mas apresentam sintomas, causas e tratamentos distintos. 

Neste artigo, abordaremos as diferenças nos sintomas e diagnóstico, principais causas e fatores de risco e opções de tratamento e cuidados de longo prazo. Leia até o final e saiba mais!

Diferenças nos sintomas e diagnóstico

A pancreatite aguda se caracteriza por dor abdominal intensa, de início súbito, muitas vezes irradiando para as costas. Já a forma crônica evolui lentamente, com dor menos intensa, mas persistente, e prejuízo progressivo da função pancreática.

A distinção entre elas é essencial para a condução do tratamento. Veja algumas diferenças importantes:

  • A pancreatite aguda costuma ocorrer após deslocamento de um cálculo biliar ou ingestão de álcool em grande quantidade em um curto período
  • Na forma aguda, a dor é contínua e pode vir acompanhada de náuseas, vômitos e febre
  • A pancreatite crônica pode causar perda de peso involuntária e diarreia gordurosa (esteatorreia)
  • Em casos crônicos, há diminuição na produção de enzimas digestivas e insulina

O diagnóstico envolve exames de imagem e laboratoriais. A tomografia computadorizada, a ultrassonografia abdominal e a ressonância magnética ajudam a visualizar inflamações, necroses ou calcificações. Exames de sangue medem amilase e lipase, enzimas frequentemente elevadas na fase aguda.

Reconhecer os padrões clínicos e usar os exames apropriados contribui para a identificação precoce e a diferenciação entre os dois tipos, o que impacta diretamente o sucesso do tratamento e a qualidade de vida do paciente.

Principais causas e fatores de risco

As causas de pancreatite variam conforme a forma da doença, sendo importante conhecer os fatores de risco associados a cada uma para orientar a prevenção e o manejo clínico adequado.

Na pancreatite aguda, as causas mais comuns incluem:

  • Cálculos biliares que obstruem o ducto pancreático
  • Consumo excessivo de álcool
  • Infecções virais ou bacterianas
  • Uso de certos medicamentos como diuréticos ou imunossupressores

Já na pancreatite crônica, os fatores de risco mais recorrentes são:

  • Alcoolismo crônico
  • Tabagismo
  • Doenças autoimunes
  • Transtornos genéticos, como fibrose cística

Além disso, alterações metabólicas, como níveis elevados de triglicerídeos e cálcio no sangue, também podem desencadear crises, principalmente na forma aguda.

Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, manter uma dieta equilibrada e tratar doenças metabólicas são estratégias importantes para prevenir ambas as formas da doença. 

O acompanhamento regular com o médico também ajuda na detecção precoce de alterações pancreáticas.

Opções de tratamento e cuidados de longo prazo

O tratamento da pancreatite varia conforme a gravidade e o tipo da doença. Na pancreatite aguda, o foco inicial é controlar a inflamação, aliviar a dor e manter o paciente hidratado, geralmente com internação hospitalar.

As medidas iniciais incluem:

  • Jejum para descanso do pâncreas
  • Hidratação intravenosa
  • Analgésicos para controle da dor
  • Suporte nutricional, se necessário

Nos casos graves, pode haver necessidade de drenagem de pseudocistos ou cirurgia, especialmente se houver necrose ou infecção.

Na pancreatite crônica, o tratamento foca em reduzir os sintomas e preservar a função pancreática. As abordagens incluem:

  • Uso de enzimas pancreáticas para auxiliar na digestão
  • Dieta com baixo teor de gordura
  • Controle rigoroso da glicemia, quando há diabetes associado
  • Abstinência de álcool e tabaco

A forma crônica exige acompanhamento contínuo, com ajustes dietéticos e medicações conforme a evolução da doença. Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos ou endoscópicos são necessários para aliviar obstruções nos ductos pancreáticos.

Com tratamento adequado, é possível controlar os sintomas, prevenir complicações e melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.

Saiba mais: Pancreatite tem cura? Quais as formas de tratar a doença?

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