Esteatose hepática, vulgarmente chamada como gordura no fígado, pode ser causada por inúmeros fatores.
Os principais estão relacionados com a presença de diabetes, ou seja, a resistência insulínica, que é quando o paciente possui maior dificuldade em metabolizar a glicose fazendo com que ele acumule algum colesterol dentro do fígado.
Outro fator de risco é o colesterol, ou seja, algumas doenças genéticas contribuem para o depósito do colesterol, podendo ser um colesterol hereditário.
Além dos citados acima, existem outros fatores, assim como a síndrome metabólica e o sedentarismo, que é uma situação endêmica no Brasil e no mundo inteiro. Isso contribui tanto para o depósito quanto para o efeito contrário do tratamento da gordura no fígado.
Claro que tem, mas é necessário mudar o estilo de vida do paciente. Isso porque a esteatose hepática ocorre quando o paciente está em fase de acomodação. Portanto, tirá-lo da zona de conforto é a principal medida.
E isso pode ser feito como? O doente terá que mudar o jeito de comer, o jeito de fazer exercício e o jeito de controlar as comobirdade caso ele venha ter, como obesidade, resistência insulínica, diabetes, entre outras.
Após identificar a gordura no fígado, é preciso avaliar se está tendo um quadro inflamatório porque apenas a presença de gordura é um sinal de alerta que precisamos mudar as coisas.
Caso o paciente esteja com um quadro de inflamação, que é o que chamamos de esteato-hepatite, o fígado poderá sofrer danos ao longo do tempo, entre 10 e 30 anos.
Mas lembre-se que nem todas as pessoas com inflamação no fígado terão danos graves.
Existem alguns exames de sangue e de imagem que são usados para estratificar esse risco e dizer se aquele paciente tem mais ou menos risco de desenvolver lesões no fígado. Após isso, o paciente poderá começar a se cuidar para que isso não se torne um problema hepático.
Um dos exames mais simples e comuns de ser realizado para identificar e quantificar gordura no fígado é o método Elastografia Hepática Transitória, mais conhecido como FibroScan.
É um método bastante simples, parecido com ultrassom, e o resultado sai bem rápido. Além disso, ele consegue graduar não só o quanto de gordura o paciente tem naquele momento, mas também consegue fazer uma evolução ao longo do tempo para saber se a terapia está sendo eficaz ou não.
Isso tudo é muito importante para o médico ter dados mais reais e fazer um acompanhando adequado ao longo do tempo.
Antigamente não existiam esses métodos não invasivos e a fibrose só era diagnosticada através de biópsia do fígado, um método extremamente agressivo que acabou entrando em desuso. Não é uma contraindicação, mas é deixado para última situação.
Ao longo do tempo, se o tratamento for feito corretamente, essa gordura é metabolizada e eliminada por completo do fígado. Se você não tiver nenhum grau de fibrose, é como se ela não tivesse ocorrido.
Portanto, fazer exercício físico e balancear uma dieta bem adequada são suficientes para retirar a gordura do fígado. Obviamente perder peso seria o ideal, mas não é uma regra, a não ser o paciente que já tenha um grau de fibrose. Nesse caso, é mandatória a redução de pelo menos 10% do peso para uma melhora da qualidade da fibrose hepática.
Se você tiver algum dos fatores de riscos citados acima, deixe um comentário para que possamos entender o perfil do público que nos assiste.
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