Como funciona o tratamento de esteatose hepática?

Atualizado em: 24/06/2024
Por Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio
Sumário
Ao Fundo Da Imagem, Há Uma Ilustração Gráfica Do Corpo Humano E O Fígado Está Em Destaque.
Como Funciona O Tratamento De Esteatose Hepática? 2

É verdade que esteatose hepática é um nome difícil, mas talvez você já tenha ouvido falar sobre ela pelo modo como é popularmente conhecida: gordura no fígado. Esse problema é bastante comum, mas causa preocupação porque pode evoluir para quadros muito graves, como a cirrose e o câncer.

A gordura no fígado se acumula em função de dois fatores. O primeiro é o consumo de bebidas alcoólicas em excesso; e o segundo são os hábitos e estilos de vida inadequados, sendo principalmente ligada ao sedentarismo, a alimentação desequilibrada, ao ganho de peso e a obesidade.

Seja a esteatose hepática alcoólica ou não alcoólica, é fato que ela precisa de tratamento para que não provoque complicações no fígado, um órgão de vital importância. Foi pensando nisso que preparamos este artigo, a fim de apresentar as formas de tratamento desse problema. Continue lendo e veja como cuidar bem do seu fígado!

Tratamentos para esteatose hepática

Conforme explicamos a esteatose hepática pode ser de origem alcoólica ou não. Nesse segundo caso ganho de peso, sedentarismo e obesidade podem estar associados a outros fatores contributórios:

  • Gravidez;
  • Diabetes;
  • Colesterol alto;
  • Má alimentação;
  • Síndrome metabólica;
  • Alterações bruscas de peso;
  • Alguns medicamentos;
  • Inflamações crônicas do fígado.

Por isso, o tratamento para gordura no fígado não segue uma técnica específica. Ele varia de acordo com cada paciente, as causas do acúmulo de gordura e o grau em que o problema se encontra.

Não existem ainda medicamentos para reduzir essa gordura, para proteger o fígado ou para evitar um maior acumulo de gordura no órgão. De um modo geral, existem quatro grandes pilares no qual se baseiam os tratamentos desse problema. A seguir falamos sobre cada um deles.

Adoção de um estilo de vida saudável

O acúmulo de gordura no fígado está diretamente relacionado ao estilo de vida adotado. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas é um dos fatores que levam ao desenvolvimento desse problema, porém, outros podem favorecer a esteatose hepática, atuando como uma reação em cadeia.

Por isso, é preciso que todo o estilo de vida seja mais saudável, evitando não só as bebidas alcoólicas, mas também o cigarro, os alimentos muito gordurosos, doces e aqueles industrializados. Eles podem não provocar o acúmulo de gordura no fígado diretamente, mas levam, por exemplo, ao colesterol alto, diabetes e hipertensão.

Sendo assim, é preciso analisar todos os hábitos do paciente a fim de promover as mudanças para que seu estilo de vida de um modo geral seja saudável. Portanto, é algo muito específico e adaptado para cada pessoa.

Alimentação equilibrada e nutritiva

Essa é uma questão muito importante no tratamento da esteatose hepática, pois o fígado participa do processo digestivo de forma muito ativa. Assim, aquilo que ingerimos o afeta direta ou indiretamente.

Conseguimos promover uma redução da gordura no fígado com mudanças na alimentação, aumentando a ingestão dos alimentos saudáveis, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, proteínas magras, entre outros.

Ao mesmo tempo, o tratamento deve incluir minimizar ao máximo o consumo dos alimentos que favorecem a esteatose hepática, como alimentos industrializados, as frituras, os doces e as gorduras. Essas ações também são válidas para prevenir a esteatose.

Prática de exercícios e atividades físicas

O sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade são os grandes causadores de esteatose hepática. Sendo assim, a rotina precisa incluir a prática regular de exercícios e atividades físicas, a fim de eliminar as calorias extras controlando as taxas de colesterol e diabetes também.

Não se esqueça de que os exercícios precisam ser praticados na medida certa. Quando muito esporádicos, não promovem o efeito benéfico esperado; no entanto, o excesso também não é bom, porque o treino deve estar adequado ao condicionamento físico da pessoa e precisa respeitar as limitações de cada um, para que não provoque malefícios para o corpo.

Sendo assim, o ideal é que essa prática seja acompanhada por um especialista, e ainda é interessante, antes, conversar com o médico para saber quais são as melhores atividades em seu caso e a frequência correta.

Embora seja possível tratar a esteatose hepática reduzindo esse acúmulo de gordura no fígado, convém lembrar que o ideal é evitar que isso aconteça. Portanto, adote hábitos saudáveis, uma boa alimentação e pratique exercícios físicos regularmente, pois assim você manterá o equilíbrio da sua saúde prevenindo esse e outros problemas.

Detecção de gordura no fígado

De um maneira geral, toda pessoa acima do peso esta sob risco de acumular gordura no fígado. Geralmente um exame de ultrassonografia abdominal é capaz de detectar a esteatose, mas não serve para quantificar a gordura de uma forma precisa. Para este fim, o exame apropriado que é usado em circunstâncias mais graves é a biopsia hepática. Métodos mais modernos, como a elastografia por Fibroscan®, podem estimar não somente a quantidade de gordura no fígado, mas também se esta gordura já provoca a presença de cicatriz no fígado, cientificamente conhecida como fibrose hepática.

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Dr. Marcos Paulo Gouveia de Oliveira | Hepatogastro

Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio

CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
O Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. Especialista em Cirurgia Digestiva e Videocirurgia. Atua como cirurgião do aparelho digestivo, com ênfase em cirurgia de fígado, pâncreas e vias biliares.

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