Ao longo da vida, o nosso organismo tende a ser acometido por disfunções que provocam reações no sistema imunológico. Essas reações são responsáveis por doenças autoimunes, como a doença celíaca.
Preparamos esse artigo para falar um pouco mais sobre o assunto e explicar a relação entre essa patologia e o fígado. Acompanhe!
Não existe uma causa exata para a doença celíaca, mas é possível que ela esteja relacionada com alterações genéticas, provocando assim a reação do sistema imunológico, dificuldade de absorção de nutrientes e danos no intestino.
A intolerância ao glúten, que provoca a resposta do sistema imunológico levando à inflamação e lesões no intestino, também está relacionada com a doença.
Os sintomas da doença celíaca podem variar de acordo com a classificação, uma vez que existem dois tipos: doença celíaca clássica, não clássica e assintomática, conforme explicaremos a seguir.
Nesse caso, os sintomas variam de acordo com a idade do indivíduo. Em crianças, os sintomas são: perda de peso, vômito, barriga inchada, diarreia crônica, atraso no desenvolvimento, baixa estatura, desconforto abdominal e irritabilidade. Já os adultos podem notar mal-estar, cansaço, diarreia, perda de peso e inchaço abdominal. Geralmente há sinais de dificuldade de absorção de nutrientes, levando a anemia, osteopenia e alterações neurológicas.
Por sua vez, quando a pessoa apresenta esse tipo de doença celíaca, sendo adulto ou criança, surgem sintomas gastrointestinais mais vagos, sem uma má absorção do intestino tão evidente.
Entre os principais indícios da patologia, estão: dor abdominal, inchaço na barriga, crise celíaca intermitente (diarreia aquosa, desidratação), falta de energia, prisão de ventre, perda de densidade óssea, enxaqueca, cansaço, entre outros.
Vale lembrar que, em alguns casos, a doença celíaca também pode ser assintomática ou com sintomas mais brandos, isto é, a lesão no intestino existe, porém sem sintomas perceptíveis ao paciente.
Nesses pacientes podem ocorrer apenas alterações dos exames laboratoriais ou da biópsia intestinal.
O fígado é um órgão com funções muito importantes no organismo, como produzir bile e eliminar substâncias tóxicas. Em geral, pessoas com doença celíaca possuem taxas de enzimas hepáticas elevadas e alterações inespecíficas na biópsia do fígado. Essa condição também é chamada de hepatite celíaca.
Essas taxas só voltam ao normal após o início de uma dieta sem glúten. Porém, esse processo pode levar a problemas no fígado, uma vez que doentes celíacos possuem três vezes mais chances de desenvolver hepatopatias.
Como a doença celíaca tem origem em alterações auto-imunes, outras doenças imunológicas podem se manifestar no paciente. Por isso a hepatite autoimune também pode se desenvolver nesses indivíduos.
Quando o indivíduo não busca um tratamento adequado para baixar as taxas de enzimas hepáticas, também existe o risco de desenvolver esteatose hepática não alcoólica.
Por isso, é fundamental estar atento aos sintomas da doença, principalmente ao ingerir alimentos que contém glúten. Sob qualquer suspeita, o médico deve ser consultado imediatamente.
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