O refluxo gastroesofágico e a gastrite (nome popular da dispepsia) são duas condições muito comuns que acometem o trato gastrointestinal. Embora alguns sintomas sejam parecidos, como a sensação desconfortável no estômago após as refeições, existem alguns pequenos fatores que diferenciam ambas as doenças.
Quer saber quais são essas diferenças? Continue acompanhando o artigo a seguir para descobrir mais detalhes!
Primeiramente, vamos entender o que é o refluxo gastroesofágico (DRGE) e como ele ocorre. O refluxo é caracterizado pelo retorno do conteúdo gástrico presente no estômago para o esôfago. Essa ação afeta a mucosa do órgão por conta da acidez das substâncias que chegaram até lá.
Um dos sintomas que indicam a doença é o desconforto após as refeições, acompanhado por desconforto ao engolir o alimento, rouquidão e outros sinais como:
O diagnóstico é obtido por meio da história clínica do paciente, também chamada de anamnese, onde o paciente revela tudo o que pode estar relacionado com a doença. Além disso, exames complementares também podem ser indicados, como Raio-x, pHmetria e endoscopia digestiva.
Após a confirmação do diagnóstico, é indicado o tratamento que pode ser clínico ou cirúrgico. Clinicamente é iniciada a administração de medicamentos para diminuir a produção de ácido pelo estômago, como os inibidores de bomba de próton (IBP).
Por sua vez, o tratamento cirúrgico é indicado quando o paciente não corresponde ao tratamento clínico ou apresenta alguma complicação importante do refluxo. Em geral, a cirurgia é realizada através da laparoscopia ou cirurgia robótica.
Também é indicada uma dieta mais saudável, sem excessos do volume da refeição, além de evitar ou diminuir alimentos e bebidas que possam intensificar os sintomas, como gordura e cafeína, por exemplo, além da prática de exercícios físicos.
O desconforto epigástrico após a alimentação, que pode estar associada a outros sintomas, como náuseas, vômitos e dor abdominal é chamada de dispepsia. Porém, para facilitar o entendimento dos pacientes, a chamamos de gastrite.
Por sua vez, a gastrite é um achado dos exames de imagem, como endoscopia e biópsias que se caracteriza como uma inflamação da mucosa do estômago, podendo ser aguda ou crônica. Esse processo está diretamente relacionado a um desequilíbrio entre a produção de ácido estomacal e do muco gástrico, que protege a parede do órgão.
Podemos destacar a gastrite provocada por uma infecção, mais precisamente a bactéria H. pylori, responsável por enfraquecer a mucosa intestinal.
O uso de medicamentos ou substâncias como álcool e tabaco são outros fatores que podem contribuir com o surgimento desta condição.
Como dito, a dor na região do estômago é o principal sintoma da dispepsia dessa gastrite, seguida por náuseas, vômito e saciedade precoce. Em casos mais graves, pode haver sangue no vômito ou nas fezes e até mesmo complicações como úlcera péptica, pólipos gástricos e tumores malignos ou benignos.
Assim como o refluxo, o diagnóstico de gastrite também é baseado no relato do paciente sobre os sintomas e o tratamento é definido pelo médico de acordo com o grau da doença. Porém, na maioria das vezes, são indicados medicamentos para a redução da acidez estomacal.
Muitos falam sobre a tal “gastrite nervosa”, relacionada com o estresse e ansiedade. Embora essas não sejam a principal causa, elas podem piorar os sintomas de quem já tem um mau funcionamento gástrico, pois aumentam a produção de suco gástrico e a irritação da mucosa.
Como vimos, existem alguns fatores bem simples que diferenciam o refluxo gastroesofágico da gastrite. A tosse seca e a azia, por exemplo, são sintomas que surgem apenas em casos de refluxo.
A topografia dos sintomas e a maneira como eles se desenvolvem também são diferentes. Por isso, é fundamental consultar o médico para obter um diagnóstico preciso e realizar o tratamento adequado.
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