Depois de ingerir alguma bebida ou alimento, você já teve a sensação de que o conteúdo do estômago retornou ao peito ou garganta? Esse pode ser um dos sintomas de refluxo gastroesofágico, uma condição que trás bastante desconforto e deve ser tratada.
Preparamos este artigo para explicar o que é o refluxo gastroesofágico e qual a melhor forma de evitá-lo. Acompanhe os detalhes a seguir!
O refluxo gastroesofágico é caracterizado pelo retorno do conteúdo do estômago ao esôfago, desta forma, o ácido estomacal pode fazer o caminho de volta pelo esôfago, podendo chegar até a boca.
A azia, ou sensação de queimação subindo do estômago, é o sintoma mais comumente relacionado à essa doença. Ela ocorre porque o esôfago não tem a mesma proteção que o estômago, sendo assim, os ácidos que atuam na digestão dentro do estômago agridem a camada mais interna do esôfago.
Sem o devido tratamento, o refluxo ácido na parede desprotegida do esôfago, podem levar ao aparecimento de ulcerações e cicatrizes, bem como outras complicações como desgaste dos dentes e inflamações. Em casos mais graves, o refluxo pode favorecer a manifestação de câncer em função das agressões contínuas aos tecidos do esôfago.
Esse também é um problema que pode ocorrer de forma natural em bebês, uma vez que o sistema digestivo ainda não está totalmente desenvolvido. Porém, esse quadro costuma amenizar com o passar do tempo e, até mesmo, desaparecer durante a infância ou adolescência.
Os casos recorrentes de refluxo gastroesofágico podem estar relacionados ao mau funcionamento de um complexo múscular conhecido como esfíncter esofageano inferior (EEI).
Este esfíncter atua como uma válvula, que precisa se abrir para os alimentos passarem e fechar logo em seguida. Quando não funciona direito, permite que os alimentos retornem do estômago para o esôfago.
Também pode acontecer de a musculatura do EEI sofrer fragilidade ou fraqueza. Sendo assim, ela não consegue exercer a pressão que deveria para garantir o bom funcionamento das estruturas e, com isso, apresenta uma flacidez que favorece o aparecimento da DRGE.
Pessoas que possuem hérnia de hiato, que consiste em uma maior abertura do músculo diafragma, na transição entre o tórax e o abdômen, com obesidade e até mulheres grávidas também podem sofrer com o refluxo gastroesofágico mais comumente.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. No primeiro caso é feita a administração de medicamentos que ajudam a reduzir a quantidade de ácidos estomacais e favorecem a motilidade dos tecidos, acelerando o esvaziamento gástrico.
Por sua vez, a cirurgia é indicada para os pacientes que não respondem bem à terapia clínica, não conseguem ficar sem medicação, em casos mais graves de esofagite ou complicações que podem surgir desta esofagite, como estenoses ou o desenvolvimento de esôfago de Barrett.
É fundamental que o paciente promova algumas mudanças em seus hábitos alimentares, como minimizar o consumo de refrigerantes e bebidas gaseificadas, chocolate, pimentas, condimentos, cigarro e bebidas alcoólicas. As refeições devem ser feitas de forma fracionada em pequenas porções.
É recomendado que a última refeição do dia seja feita cerca de 2 a 3 horas antes de se deitar, além de manter a cabeceira da cama elevada cerca de 15 cm. Outra medida é a perda de peso, caso o indivíduo esteja com sobrepeso ou obesidade.
Além de trazer um grande desconforto, o refluxo gastroesofágico pode trazer um grande impacto negativo na qualidade de vida, bem como o desenvolvimento de complicações graves, conforme explicamos.
Desta forma, é importante procurar ajuda médica e modificar os hábitos alimentares, para prevenir as crises recorrentes de refluxo e a manifestação de problemas maiores.
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