O transplante de fígado intervivos é feito com um doador vivo que pode ser um parente, amigo ou até mesmo um conhecido, mas que seja compatível.
Esse transplante não é comum e é menos feito no Brasil do que precisaria ser.
Geralmente, o transplante intervivos é restringido para pacientes que, por alguma circunstância, não conseguem entrar na fila do transplante ou não conseguem um doador cadáver.
O tipo sanguíneo do doador precisa ser compatível com o do receptor e não possuir doenças no fígado que contraindiquem o transplante. Além disso, o doador precisa ser avaliado psicologicamente para entender o processo de doação e os investigadores descobrirem se há algo além do que a vontade de ajudar ao próximo. Se a intenção fugir do altruísmo, o transplante poderá ser barrado.
Sim, e essa é a maior ponderação nesse tipo de transplante porque vamos operar um paciente que necessita do procedimento e que corre risco de vida por ter um fígado que não funciona adequadamente, e em contrapartida, vamos retirar parte do fígado de um doador vivo sadio, sem nenhum problema, e que vai se submeter a uma cirurgia de grande porte.
Existe risco de vida para o doador, ainda mais quando se vai doar para um adulto, porque a massa de fígado que precisa ser retirada é maior. Quando se doa para crianças, o risco é menor porque o pedaço retirado do fígado é bem pequeno, mas ainda assim existe o risco.
Portanto, as discussões éticas são bastante sérias e conturbadas. Porém, damos a oportunidade do paciente que precisa do órgão retornar a sua plena qualidade de vida.
Desenvolvido por Surya Marketing Médico.