Existem dois tipos diferentes de pancreatite, a aguda, que acontece de repente, e a crônica, que evolui lentamente. A primeira pode ser revertida, mas a segunda não tem cura, embora possa ser acompanhada e controlada.
A pancreatite é um tipo de inflamação que afeta o pâncreas. Ela traz consequências muito negativas porque esse órgão participa do processo de digestão dos alimentos, fazendo a liberação de enzimas que se juntam à bile no intestino. Também tem a função de liberar hormônios, como a insulina.
Por isso ele é de extrema importância para o equilíbrio da saúde orgânica, e quando fica inflamado as enzimas que produz começam a atacar e lesionar os tecidos do próprio pâncreas. Essa inflamação é muito preocupante porque pode afetar outros órgãos vitais, como o coração, os rins e os pulmões.
Também pode ocorrer um quadro de hemorragia, que é fatal para o paciente. Como a pancreatite é um problema que exige grande atenção, preparamos este artigo a fim de apresentar os seus diferentes tipos e as formas de tratamento para cada um. Continue lendo e saiba mais sobre esse assunto.
O processo inflamatório que atinge o pâncreas, ou seja, a pancreatite, pode se manifestar de duas formas diferentes, sendo a pancreatite aguda e a pancreatite crônica. A seguir explicamos as características desses dois quadros clínicos.
Nos quadros de pancreatite aguda a inflamação do pâncreas se manifesta de uma forma repentina. Não é uma condição que evolui gradativamente, mas que pode ser a consequência, por exemplo, de um consumo exagerado de bebidas alcoólicas num determinado momento.
Entretanto, a pancreatite aguda também é causada pela formação de cálculos biliares, as pedras que se formam na vesícula ou nos ductos. Existem ainda outros fatores que desencadeiam essa inflamação súbita, como:
Diferente da forma aguda de pancreatite, a manifestação crônica é aquela que tem uma duração mais longa. A inflamação se perpetua e as lesões provocadas no pâncreas não podem ser revertidas. Elas interferem no funcionamento desse órgão fazendo com que ele aos poucos deixe de realizar suas funções.
Na maioria dos casos a pancreatite crônica é provocada pelo consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas, em especial quando esse hábito é associado ao tabagismo. Entretanto, também pode ser o resultado de problemas genéticos, como a pancreatite autoimune, pancreatite hereditária, fibrose cística, ou obstrução do ducto pancreático, embora essas causas sejam menos frequentes.
Ainda não existem medicamentos que sejam eficientes para conter a inflamação do pâncreas. Sendo assim, o tratamento da pancreatite é realizado por meio de outras medidas, que variam de acordo com o tipo que se manifestou, aguda ou crônica.
O paciente com pancreatite aguda precisa ser tratado em ambiente hospitalar. É necessário ficar internado porque uma das abordagens é manter jejum total, recebendo hidratação por meio de soro intravenoso. O indivíduo deve permanecer em repouso para que inflamação regrida sozinha.
Isso acontece em 90% dos casos, mas os 10% restantes podem desenvolver a forma grave de pancreatite. Ocorrem lesões em órgãos vitais, então, é necessário ser atendido em uma unidade de terapia intensiva. Quando há necrose da glândula pode ser realizado uma cirurgia para retirada desse tecido necrosado.
Na pancreatite aguda é possível reverter a inflamação possibilitando que o pâncreas se recupere, mas no caso da pancreatite crônica isso não acontece. Portanto, o tratamento é realizado com a administração de medicamentos que vão controlar a dor, e mantendo o repouso.
É indicado fazer algumas mudanças na alimentação, evitando gorduras e preferindo leguminosas, cereais, raízes e tubérculos.
Quando o organismo do paciente não consegue produzir as enzimas e há um impacto na digestão e absorção de nutrientes, ele precisa receber as enzimas pancreáticas por meio de medicamentos orais. Outros problemas associados, como o diabetes, requerem um tratamento específico.
A pancreatite, seja em sua forma aguda ou crônica, requer cuidados por causa dos danos que ela provoca ao pâncreas, e também pelo risco de agravar, ameaçando a vida da pessoa. Como muitas vezes é associada às bebidas alcoólicas, é fundamental principalmente manter um consumo moderado e uma alimentação mais saudável.
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