Para alguns pacientes o transplante hepático é o único tratamento eficaz quando há comprometimento das funções do fígado. Ele pode ser realizado por meio de um órgão de doador falecido ou vivo, mas em ambos os casos os cuidados pós-operatórios são os mesmos.
Pessoas transplantadas requerem um cuidado rigoroso com seu quadro de saúde em função do risco aumentado de complicações, como infecções e rejeição do órgão. Por isso, quem realiza o transplante hepático precisa seguir à risca todas as recomendações feitas pelo especialista.
Elas garantem a boa recuperação nos primeiros dias e semanas após o procedimento, mas também se prolongam por alguns anos ou por toda a vida, como no caso da administração dos imunossupressores. Neste artigo apresentaremos alguns dos principais cuidados que precisam ser adotados por quem fez um transplante de fígado. Continue lendo e veja quais são eles.
O corpo humano consegue identificar aquilo que é natural dele mesmo ou não. Embora o fígado recebido pelo paciente seja também de um ser humano, o sistema imunológico do transplantado entende que aquele órgão é um invasor e tende a atacá-lo.
Para que o sistema imunológico não ocasione a rejeição do fígado transplantado é preciso fazer a administração de medicamentos imunossupressores. As doses iniciais costumam ser mais altas para garantir proteção extra. Com o passar do tempo ela é reduzida.
O objetivo é manter uma dosagem que seja suficiente para inibir o ataque do sistema imunológico, proporcione a proteção para o fígado e o mínimo de efeitos colaterais. Assim, essa medicação é necessária por toda a vida, mas será mantida em uma dose mínima para garantir mais qualidade de vida ao paciente.
Por causa da administração dos imunossupressores que minimizam a atividade do sistema imunológico o indivíduo que faz o transplante hepático também fica mais sujeito a infecções. Sendo assim, nos primeiros dias e semanas após a cirurgia é essencial um cuidado rigoroso.
O especialista poderá recomendar o uso de máscara nos primeiros dias para evitar a contaminação por patógenos. Também deve-se ter cuidado com as visitas de parentes e amigos, que podem ser restritas nesse primeiro momento.
Outro aspecto fundamental é o possível distanciamento de animais, por oferecerem um risco maior de infecções, bem como de pessoas que já são portadoras de alguma enfermidade contagiosa. Tudo isso para que micro-organismos não aproveitem a suscetibilidade do transplantado.
Outra forma de evitar abalos para o sistema imunológico de quem faz o transplante hepático é por meio da manutenção de uma higiene rigorosa. Ela deve ser realizada tanto em âmbito pessoal com quanto no ambiente.
É muito importante manter as mãos sempre limpas e fazer a higienização delas com água e sabão antes e depois de usar o banheiro, bem como ao chegar em casa e antes de comer. Além disso, deve-se evitar tocar os olhos, a boca ou o nariz.
O ambiente deve ser mantido sempre limpo para eliminar qualquer agente patógeno. O banheiro, por ser um espaço de alto risco de contaminação, requer um cuidado especial, mas também não se esqueça de manter a casa muito bem arejada.
A adoção de bons hábitos alimentares é muito importante para o transplantado. Isso é planejado de forma individual para atender as necessidades de cada pessoa. Entretanto, alguns cuidados importantes são:
É preferível ingerir refeições preparadas em casa. Quando optar por restaurantes ou outros estabelecimentos, sempre ter certeza da procedência dos alimentos e ingredientes para consumir apenas aqueles seguros e de boa qualidade.
Existem muitos cuidados que serão necessários com o paciente que realizou o transplante hepático. Eles envolvem também a exposição ao sol, a realização de atividades físicas, a retomada da atividade sexual e a higienização do local operado. Portanto, mantenha um diálogo com o especialista esclarecendo todas as dúvidas, mas principalmente siga à risca as recomendações dele, para garantir a boa adaptação do novo órgão.
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