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5 verdades sobre a esteatose hepática que você deveria saber!

Atualizado em: 09/09/2024
Por Dr. Paolo Salvalaggio
CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
Sumário

A esteatose hepática é o quadro clínico que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no fígado. Isso pode acontecer em função do excesso de peso corporal ou por causa de algumas doenças hepáticas que favorecem a formação desse tipo de tecido no órgão.

A Imagem Mostra Uma Ilustração Digital Do Esqueleto Do Corpo Humano Com O Fígado Em Destaque Na Cor Vermelha.
5 Verdades Sobre A Esteatose Hepática Que Você Deveria Saber! 2

É bastante comum as pessoas se preocuparem quando começam a perceber acúmulos de gordura em regiões visíveis, como a barriga ou os quadris. Mas você sabia que a gordura também pode se acumular em órgãos internos, como o fígado? Quando isso acontece, ocorre o quadro de esteatose hepática.

Esse é um problema bastante comum, uma vez que está relacionado também com excesso de peso corporal. É importante dar atenção a ele porque pode favorecer a manifestação de outros problemas, como a hepatite, a cirrose e o câncer de fígado.

Pensando nisso, preparamos este artigo para que você confira 5 verdades sobre a esteatose hepática que não podem ser ignoradas. Acompanhe!

1. A esteatose hepática é a doença do fígado mais comum

A ocorrência de esteatose hepática é bastante comum. Inclusive, esse é o problema do fígado que mais cresce em todo o mundo. Entretanto, a maioria das pessoas com esse quadro clínico não tem outras doenças do fígado.

A alta ocorrência da esteatose hepática se dá porque ela está intimamente ligada ao excesso de peso corporal e à obesidade. Como em todo o mundo a ocorrência dessas duas condições vem aumentando nas últimas três décadas, a presença de gordura no fígado também vem crescendo.

A estimativa é de que cerca de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo tenham esteatose hepática. Só no Brasil, metade da população apresenta sobrepeso, e as previsões são de um crescimento ainda maior de quadros como esse, o que exige atenção para a saúde do fígado.

2. A gordura não se desenvolve naturalmente no fígado

A presença de gordura no fígado não é um estado normal ou natural do organismo do ser humano. Pessoas não nascem com gordura no fígado, na verdade, ela se instala no órgão por causa do excesso de peso ou em função de alguma doença específica.

Isso acontece porque o fígado é responsável por fazer o balanço da energia em nosso organismo. Assim, é ele que indica o que vai acontecer com o excesso de alimento e, geralmente, esse excesso é transformado em gordura.

O fígado também tem a função de determinar para onde essa gordura irá no primeiro momento. O problema é que grande parte dela fica estocada justamente no próprio órgão. Quando mais de 5% do fígado já estão ocupados pela gordura, temos um quadro de esteatose hepática.

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3. A gravidade da esteatose varia de pessoa para pessoa

No primeiro momento, quando a esteatose hepática ainda está começando, ela se apresenta como um problema sem grande gravidade que, inclusive, não provoca sintomas nem alteração no funcionamento do fígado. No entanto, conforme evolui, pode favorecer o desenvolvimento de hepatite, cirrose e até mesmo câncer de fígado.

Essas complicações acontecem por causa do efeito negativo que a gordura causa de forma prolongada e contínua. Mesmo o fígado tendo a propriedade de se regenerar, quando as agressões acontecem por muito tempo, se inicia um processo inflamatório (hepatite gordurosa). Por consequência, se formam cicatrizes que vão causar a fibrose do fígado. Esse processo pode ser intensificado devido a algumas condições de saúde.

Quando o fígado tem cicatrizes demais, ele apresenta uma característica cirrótica, ou seja, começa a desenvolver um quadro de cirrose. Esse problema, por sua vez, aumenta a chance de desenvolvimento de câncer de fígado em cerca de 10 vezes, além de levar à falência do órgão.

Na maioria dos casos, a esteatose hepática não provoca grandes prejuízos para o fígado. Mesmo assim, não se sabe qual indivíduo poderá desenvolver uma forma mais grave e complicações. Portanto, é um problema que, para todas as pessoas, precisa ser monitorado e tratado, afinal, os quadros graves trazem risco de vida.

4. Os exames não indicam a gravidade da esteatose

Embora a ultrassonografia seja um exame eficiente para diagnosticar a esteatose hepática, ela não consegue indicar qual é a gravidade desse problema. Isso dificulta monitorar a melhora ou piora dos quadros.

Por meio de outros procedimentos, como a ressonância magnética e o Fibroscan, poderia ser possível quantificar a gordura no fígado, mas os especialistas ainda não chegaram a um consenso em relação a real eficiência desses métodos.

O exame que de fato pode apontar a quantidade de gordura presente no fígado é a biópsia hepática. Porém, essa é uma técnica invasiva que não pode ser realizada como procedimento de rotina em todas as pessoas. Ela será recomendada apenas quando realmente for muito importante.

5. A esteatose hepática precisa de acompanhamento médico

Ainda não existe um medicamento que combata a gordura no fígado, mesmo assim, é muito importante fazer o acompanhamento com o médico e realizar o tratamento. Afinal, ainda que não exista uma substância que proteja o fígado ou trate essa condição, existem medidas que ajudam a evitar a progressão dela.

Uma vez que a esteatose hepática está relacionada com o peso corporal, mantê-lo dentro de um limite saudável ajuda a garantir a saúde do fígado. Além disso, outras condições devem ser investigadas e tratadas para que não favoreçam o acúmulo de gordura.

A ajuda de uma equipe multidisciplinar faz toda a diferença para controlar a esteatose hepática. O paciente recebe suporte de médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, para proceder um tratamento holístico que vai buscar a origem desse acúmulo de gordura, combatendo a raiz do problema e garantindo um fígado mais saudável.

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Dr. Paolo Salvalaggio

Dr. Paolo Salvalaggio

CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
O Dr. Paolo Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Realizou Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. É Especialista em Cirurgia Digestiva, Videocirurgia e Cirurgia Robótica. Atua há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo. Concentra Atuação no Tratamento de Hérnias da parede abdominal, Refluxo Gastroesofageano e dos problemas do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares.

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