Pólipos são tumores que se desenvolvem em membranas de tipo mucoso que se encontram em diferentes cavidades do corpo, geralmente se formam na parede interna do cólon ou do reto. De acordo com estatísticas, cerca de 5% dos seres humanos adultos pode ter pólipos da vesícula biliar ao longo de suas vidas.
Geralmente são um achado em ultrassonografia abdominal, e tem como maior interesse classificar o potencial que alguns tipos de pólipos têm de se tornar um tumor maligno (câncer). A maioria dos pólipos não têm a capacidade de tornar câncer e são apenas alterações estruturais ou depósitos de gordura (colesterolose) na mucosa.
O mais importante é que, apesar da ultrassonografia identificar o pólipo, o exame não pode afirmar com segurança se a lesão se trata de um pólipo benigno e sem risco, um pólipo pré-maligno ou um câncer de vesícula. Desta forma, algumas considerações são feitas de acordo as características dos pólipos, como número e tamanho, para que se decida entre o acompanhamento ultrassonográfico periódico ou pela cirurgia.
Os pólipos são divididos em benignos e malignos. Os pólipos benignos mais comuns são os de colesterol (colesterolose), inflamatórios e adenomas. Os adenomas são importantes porque têm a capacidade de se tornarem tumores malignos. Quanto aos pólipos malignos, os mais comuns são os adenocarcinomas.
O fator mais importante em relação ao potencial de malignização dos pólipos é o seu tamanho. Sabe-se que os pólipos com mais de 2cm são em grande maioria tumores malignos de vesícula, enquanto os pólipos entre 1 e 2 cm também já apresentam esta possibilidade entre 43 e 77% dos casos. Os cálculos de colesterol têm em geral menos de 1 cm, e geralmente são múltiplos.
Os pólipos de vesícula são tratados apenas através da cirurgia, ou porque causam sintoma, seja como prevenção ao câncer de vesícula. Toda atenção deve ser dada ao risco de um câncer de vesícula, já que a doença causa diversas complicações.
Desta forma, a ressecção de uma lesão pré-maligna ou de um tumor em fase inicial é muito importante. Os pacientes que apresentam pólipos em associação com cálculos de vesícula devem ser operados, independente da presença de sintomas ou do tamanho dos pólipos, já que esta associação aumenta o risco de câncer de vesícula.
As pessoas que apresentam pólipos de vesícula em sua ultrassonografia devem ser acompanhadas por um cirurgião, que decidirá qual a melhor forma de acompanhamento do pólipo e se a cirurgia deve ser feita, caso julgue que o pólipo apresenta riscos.
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