Sabemos que algumas doenças como a esteatose e hepatite podem provocar danos irreversíveis ao fígado. E quando ele já não consegue desempenhar suas funções, uma das alternativas é o transplante hepático.
Na maioria dos casos, o procedimento é bem-sucedido, porém, são necessários alguns cuidados no pós-operatório. Preparamos este artigo para explicar melhor como funciona esse processo. Acompanhe!
Assim que o transplante hepático for finalizado, já devem começar os cuidados com a recuperação. Em geral, durante as primeiras horas, é necessário que o paciente fique internado na UTI por cerca de dois dias.
Na Unidade Intensiva, existem profissionais especializados para cuidar do transplantado de maneira exclusiva, acompanhando as funções vitais do indivíduo e o funcionamento do novo órgão.
Muitas vezes, os pacientes precisam de ajuda de aparelhos para que sua respiração e urina funcionem adequadamente, se necessário, são utilizados por pouco tempo. Ainda assim, podemos dizer que cada paciente é monitorado, fazem exames laboratoriais e recebem medicamentos para minimizar qualquer desconforto, prevenindo também a rejeição do novo órgão.
Quando falamos em rejeição, é importante lembrar que o organismo percebe o novo fígado como um "corpo estranho" e o sistema imunológico pode tentar expulsá-lo. Por isso, o ideal é administrar imunossupressores ao paciente.
Ainda nas primeiras horas, o jejum deve ser mantido e nesse período, os médicos poderão observar as condições clínicas do paciente e decidir o melhor momento para iniciar a dieta, inicialmente com líquidos e, posteriormente, alimentos leves.
Enquanto ainda estiver na UTI, pode ser necessário o uso de dispositivos para auxiliar nos cuidados e monitoramento iniciais, como a sonda na bexiga urinária, por exemplo.
Geralmente, a velocidade de recuperação do paciente transplantado, assim como o nível de riscos (maior ou menor), dependerá bastante das condições clínicas apresentadas antes do procedimento, assim como pela qualidade do fígado recebido e o modo como a cirurgia foi realizada.
Assim sendo, alguns pacientes tendem a se recuperar de maneira mais rápida e outros um pouco mais devagar.
Ao deixar a UTI, o transplantado é levado para uma enfermaria, uma vez que ainda não está apto a voltar para casa. A internação dura cerca de dez dias, para monitorar adequadamente o indivíduo e ajustar os medicamentos para evitar a rejeição.
Com os riscos de complicações minimizados, o paciente recebe alta hospitalar, mas ainda precisará de acompanhamento médico para garantir que o novo fígado tenha um funcionamento adequado.
Assim que o paciente voltar para sua casa, os cuidados deverão continuar, principalmente com relação à higiene e proteção da saúde do mesmo, pois o sistema imunológico ainda não está fortalecido.
É preciso que os ambientes estejam sempre muito bem limpos e arejados. Também é recomendado, nos primeiros dias, o uso de máscara e se possível, evitar o contato com amigos e parentes.
De modo geral, é importante manter uma dieta rica em frutas, legumes, fibras e verduras, evitando alimentos como carne vermelha, sódio e gorduras. Além disso, é recomendado retirar gradativamente para atividades físicas leves, como caminhadas, mas nos primeiros meses deve-se evitar muitos esforços.
Esses são os cuidados pós-operatórios do transplante hepático. Seguindo essas recomendações, é possível ter uma vida normal após o procedimento.
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