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Saiba as causas e riscos da cirrose hepática

Atualizado em: 02/08/2024
Por Dr. Paolo Salvalaggio
CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
Sumário

A cirrose hepática é uma doença que atinge o fígado comprometendo o seu funcionamento normal. Isso acontece por causa de lesões que o órgão sofre. Com o tempo se formam cicatrizes e esse tecido não trabalha como os tecidos saudáveis, então, o fígado aos poucos deixa de funcionar.

A Imagem Mostra Uma Médica Segurando Um Fígado De Papel E Uma Lupa Em Cima.
Saiba As Causas E Riscos Da Cirrose Hepática 2

Você sabia que não é apenas o consumo de bebidas alcoólicas que pode levar ao desenvolvimento de cirrose hepática? É verdade que essa é uma causa importante desse problema, mas existem ainda outros que comprometem o funcionamento do fígado.

Preparamos este artigo para que você saiba quais são as principais causas da cirrose hepática e também conheça os fatores de risco para desenvolvimento dessa doença. Assim pode adotar medidas preventivas ainda mais eficaz. Acompanhe!

Sobre a cirrose

A cirrose hepática é uma doença que provoca alteração irreversível no fígado. Suas causas são múltiplas e os fatores agressores fazem com que o fígado inicie um processo de cicatrização. Aos poucos, isso leva a um quadro de fibrose.

Essa condição acontece porque quando o fígado tenta cicatrizar de forma contínua ele acaba se lesionando cada vez mais. Ocorre o bloqueio do fluxo sanguíneo e também da bile, com o tempo, se forma uma quantidade muito grande de cicatrizes.

Esses tecidos cicatriciais são diferentes daqueles saudáveis do fígado, por isso, o órgão tende a endurecer, seu tamanho e suas formas são alterados e o funcionamento também passa a ser inadequado, desencadeando os sintomas característicos da cirrose.

O maior problema é que a cirrose hepática apresenta uma evolução lenta, assim, quando ainda está no começo, a pessoa não sente os prejuízos no funcionamento do fígado. Quando isso começa a acontecer o prognóstico é preocupante porque existe um grande impacto econômico para o tratamento e os custos humanos também são altos.

Só nos Estados Unidos, todos os anos, 26 mil pessoas morrem em decorrência da cirrose hepática. São perdidos 228.145 anos em potencial de vida, por isso, esse problema requer atenção e prevenção.

As principais causas de cirrose hepática

A hepatite do tipo C ainda é a principal causa de cirrose hepática, tanto no Brasil quanto no mundo, mas ela não é o único problema que leva a essa complicação. Cerca de 10% dos pacientes diagnosticados com cirrose não apresentam uma causa específica. Esse quadro é chamado de cirrose criptogênica.

Entretanto, existem outras causas que também são conhecidas, como:

  • consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • hepatites do tipo B e D;
  • maus hábitos alimentares;
  • elevação do colesterol;
  • acúmulo de gordura no fígado;
  • obesidade;
  • diabetes;
  • alguns medicamentos ou drogas;
  • doenças dos vasos sanguíneos.

A cirrose também pode ser provocada por doenças que afetam o sistema imunológico, o metabolismo e algumas de origem genética. São elas:

  • Polineuropatia Amiloidotica Familiar;
  • Hepatite Autoimune;
  • Doença de Wilson;
  • Hemocromatose;
  • Deficiencia de Alfa-1-antitripsina.

Existem casos, ainda, em que o problema se inicia no próprio fígado. Algumas doenças hepáticas levam à formação de cistos ou atacam os ductos biliares, favorecendo a cirrose. São condições como:

  • doença policística;
  • atresia biliar;
  • Caroli;
  • Alagille;
  • cirrose biliar primária ou secundária;
  • colangite esclerosante.

Fatores de risco da cirrose

Não podemos esquecer que existem algumas condições que favorecem a manifestação da cirrose hepática, são os chamados fatores de risco. Entre eles estão o sexo e a faixa etária. Mulheres, por exemplo, têm uma suscetibilidade maior para desenvolver a hepatite autoimune durante a juventude ou na meia idade. Após os 40 anos, estão mais propensas a ter cirrose biliar primária.

O histórico familiar é outro fator de risco para o problema. Isso por causa das doenças de origem genética, conforme explicamos. Assim, a prevalência delas nas mesmas famílias pode favorecer os quadros de cirrose nesses indivíduos.

Como dito, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas favorece a cirrose. Existe um fator de risco quando são ingeridos mais de 50 g da substância por dia durante 10 anos ou mais. Um copo de cerveja, por exemplo, ou uma taça de vinho, contém 10 g de álcool.

Outros fatores de risco para a cirrose hepática são:

  • ser um profissional da saúde;
  • usar drogas injetáveis;
  • receber transfusões de sangue;
  • ter tatuagens antigas;
  • manter vários parceiros sexuais.

Medidas preventivas contra cirrose hepática

Você viu que a cirrose hepática se manifesta de forma silenciosa e evolui ao longo do tempo. Portanto, a principal medida preventiva é estar atento aos próprios hábitos e também à exposição aos fatores de risco.

Além de adotar hábitos mais saudáveis, caso você esteja no grupo de risco, é essencial procurar um médico para passar por uma avaliação. Ele vai conhecer todo o seu histórico clínico e familiar, analisar os seus hábitos e indicar as melhores medidas ou tratamentos para doenças do fígado, e do organismo de um modo geral, que favoreçam a cirrose.

Também poderá solicitar exames para realizar uma avaliação ainda mais personalizada. Com isso, pode traçar um plano de ação preventivo para reduzir os fatores de risco e eliminar ou controlar problemas.

Confira também, nosso vídeo sobre o tema:

Lembrando que se a cirrose hepática for diagnosticada é essencial manter o acompanhamento com a equipe médica. Embora não seja possível reverter os danos ao fígado, eles podem ser estacionados ou conseguimos minimizar a velocidade com que a doença avança, buscando as melhores opções de tratamento em cada caso para garantir saúde e qualidade de vida.

Dr. Paolo Salvalaggio

Dr. Paolo Salvalaggio

CRM: 143673 | RQE : 58423 - Cirurgia do aparelho digestivo
O Dr. Paolo Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Realizou Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. É Especialista em Cirurgia Digestiva, Videocirurgia e Cirurgia Robótica. Atua há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo. Concentra Atuação no Tratamento de Hérnias da parede abdominal, Refluxo Gastroesofageano e dos problemas do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares.

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