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Doença celíaca em adultos: sintomas nem sempre digestivos

Atualizado em: 23/07/2025
Por Equipe médica Hepatogastro
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A doença celíaca é uma condição autoimune que vai muito além dos sintomas intestinais. Em adultos, ela pode se manifestar com sinais dermatológicos, neurológicos e até emocionais, o que dificulta o diagnóstico. Conhecer essas manifestações é essencial para um tratamento eficaz. Entenda mais sobre esse assunto!

Pão fatiado, macarrão cru, biscoitos e sementes sobre superfície clara, representando alimentos com glúten.

A doença celíaca é uma condição autoimune em que o organismo reage ao glúten, proteína presente no trigo, centeio e cevada, provocando inflamação no intestino delgado. 

Embora geralmente associada a sintomas digestivos, em adultos os sinais muitas vezes são extraintestinais, dificultando o diagnóstico precoce.

Estima-se que a doença afete cerca de 1% da população mundial, embora muitos casos permaneçam subnotificados. Quando não identificada a tempo, pode levar a complicações graves, como osteoporose, infertilidade e até linfoma intestinal.

Neste artigo, abordaremos os sintomas digestivos e extraintestinais mais comuns em adultos, os desafios no diagnóstico tardio da doença celíaca e a importância da dieta sem glúten para controle e qualidade de vida. Leia até o final e saiba mais!

Sintomas digestivos e extra intestinais mais comuns em adultos

Nos adultos, os sinais clássicos da doença celíaca, como diarreia e dor abdominal, nem sempre estão presentes. Em muitos casos, os sintomas se manifestam fora do trato gastrointestinal, o que dificulta o diagnóstico e confunde os profissionais de saúde.

Os sintomas digestivos podem incluir:

  • Diarreia crônica ou intermitente
  • Inchaço abdominal e gases frequentes
  • Dor abdominal após as refeições
  • Perda de peso sem causa aparente

Entre os sintomas extraintestinais, destacam-se:

  • Fadiga persistente e indisposição
  • Anemia por deficiência de ferro resistente a tratamento
  • Alterações na pele, como dermatite herpetiforme
  • Dores articulares e musculares sem causa definida
  • Mudanças de humor, depressão e ansiedade

A manifestação da doença pode variar bastante de pessoa para pessoa. Por isso, é essencial que o profissional de saúde considere a possibilidade de doença celíaca mesmo na ausência de sintomas clássicos. 

Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores as chances de reversão dos danos causados ao intestino e melhora na qualidade de vida.

Desafios no diagnóstico tardio da doença celíaca

O diagnóstico da doença celíaca em adultos costuma ser mais desafiador do que em crianças, pois os sintomas são mais variados e, muitas vezes, vagos. Isso contribui para que muitos pacientes passem anos sem saber a causa de seus sintomas.

Entre os principais desafios estão:

  • Sintomas inespecíficos ou ausentes do sistema digestivo
  • Semelhança com outras doenças, como síndrome do intestino irritável
  • Baixo conhecimento sobre a doença por parte de alguns profissionais
  • Adaptação alimentar antes do diagnóstico, o que pode dificultar os testes

O diagnóstico definitivo costuma envolver exames de sangue específicos, como a dosagem de anticorpos antitransglutaminase, e, quando necessário, biópsia do intestino delgado. 

No entanto, esses exames devem ser realizados enquanto o paciente ainda consome glúten, para garantir a precisão dos resultados.

Muitos adultos só são diagnosticados após anos, o que pode levar a complicações graves e crônicas. Por isso, é fundamental considerar a doença celíaca como hipótese diagnóstica em pacientes com queixas sistêmicas recorrentes e sem causa definida.

Importância da dieta sem glúten para controle e qualidade de vida

Uma vez diagnosticada a doença celíaca, o único tratamento eficaz é a exclusão total do glúten da alimentação. Isso permite a regeneração da mucosa intestinal e alívio dos sintomas, além de prevenir complicações de longo prazo.

Adotar uma dieta sem glúten exige atenção a diversos detalhes:

  • Eliminar trigo, centeio, cevada e aveia contaminada da dieta
  • Ler rótulos de produtos industrializados com atenção
  • Evitar contaminação cruzada em utensílios e ambientes compartilhados
  • Buscar apoio de nutricionista para orientação alimentar

Além disso, a adaptação pode ter impactos emocionais e sociais. Muitos pacientes relatam dificuldade em encontrar alimentos seguros fora de casa, o que pode gerar isolamento e ansiedade.

Com o tempo, a adesão correta à dieta leva à melhora dos sintomas e à recuperação da saúde intestinal. Em geral, os pacientes relatam aumento na disposição, regularização do trânsito intestinal e recuperação de peso.

O suporte médico e nutricional contínuo é essencial para garantir uma boa adesão à dieta e prevenir deficiências nutricionais.

Saiba mais: Quem tem doença celíaca tem mais propensão a ter problemas hepáticos?

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