Em uma pessoa com Síndrome de Gilbert, o fígado não consegue processar constantemente um pigmento amarelado biliar, chamado de bilirrubina. Esta situação cria altos níveis de bilirrubina no sangue e causa a icterícia, ou seja, a cor amarela característica na pele e olhos.
Não é considerada uma doença grave, e nem desencadeia problemas maiores de saúde. Um paciente com Gilbert vive tanto quanto um não portador e com a mesma qualidade de vida.
A Bilirrubina é encontrada naturalmente no sangue. A Bilirrubina ajuda na remoção dos glóbulos vermelhos inoperantes.
Em geral, não apresenta sintomas, mas essa leve icterícia pode ocorrer em condições de esforço excessivo, estresse, insônia, cirurgias, jejum, desidratação, períodos menstruais, infecções ou após a ingestão de alguns medicamentos como o paracetamol, já que a concentração de bilirrubina no sangue aumenta nestas situações.
A maioria das pessoas que são afetadas pela Síndrome de Gilbert não sabem que têm esta doença. Os níveis de bilirrubina permanecem normalmente dentro dos valores normais e em casos raros aumentam ligeiramente.
Não é fácil ser diagnosticada, pois independentemente da idade, costuma se manifestar apenas em momentos de stress, de intensos exercícios físicos, durante o período menstrual nas mulheres, alguma doença febril ou jejum prolongado.
O diagnóstico é clínico. Nas crianças que não têm sintomas o diagnóstico pode ser feito quando por outro motivo são realizadas análises sanguíneas e é constatado um aumento da bilirrubina não conjugada/indireta, de cerca de 3-6 mg/dL (cuja intensidade pode oscilar, mas habitualmente não mais de 3 mg/dL).
Não há necessidade de se tratar a síndrome de Gilbert, porém, alguns cuidados são necessários. Não há dieta especial, nem nenhum tipo de atividade restrita para quem tem a síndrome. O consumo de álcool deve ser moderado como em qualquer indivíduo.
Embora o prognóstico continue a ser excelente, há evidências de que alguns pacientes com síndrome de Gilbert podem apresentar anormalidades no metabolismo de medicamentos inibidores seletivos da protease e anticorpos monoclonais usados no tratamento de doenças autoimunes e reumáticas. Além disso, esses pacientes não possuem maior mortalidade comparados a um indivíduo sem a síndrome.
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