O fígado é um dos órgãos do sistema digestório mais importantes para a digestão porque ele tem a função de metabolizar e armazenar nutrientes, que só ficam prontos para serem absorvidos e utilizados pelo organismo após passarem por ele.
O fígado é considerado um órgão, mas ao mesmo tempo é uma glândula. Possui cerca de 20 cm de largura e pesa, geralmente, mais de 1 kg. Ele se localiza na parte superior direita do abdômen muito próximo do estômago. Algumas doenças podem causar insuficiência hepática, levando ao falecimento do órgão e, consequentemente, à necessidade de um transplante.
A doença hepática terminal pode ser dividida em duas: aguda ou crônica. A aguda é causada por medicamentos e pelo vírus da Hepatite A. Já na crônica, as causas mais comuns são lesões hepáticas por álcool, Hepatite B ou C, esteatose hepática não-alcoólica e esquistossomose.
O transplante de fígado é indicado para pacientes com cirrose hepática, independente da causa da doença, que tenham uma expectativa de vida inferior a 20% ao final de 12 meses, doenças congênitas, como a Atresia das vias biliares, Doença de Wilson e poliamiloidose familiar. Pessoas com a colangite esclerosante primária também são indicadas para realizar o transplante do órgão.
Mesmo o fígado tendo uma grande capacidade de regeneração, certas doenças provocam insuficiência grave na função dos hepatócitos (células funcionais hepáticas) e podem inclusive levar ao óbito.
Existem dois tipos de transplante de fígado: através do doador cadáver ou pelo doador vivo. No doador cadáver são utilizadas técnicas que preservam a veia cava do corpo falecido. Já o doador vivo consiste em retirar uma ou mais partes do doador saudável para transplante no receptor com doença hepática terminal.
No transplante de fígado com doador cadáver é considerado como doador ideal uma pessoa jovem, sadia, que foi atendida imediatamente após o evento que a vitimou e que não tenha deterioração de órgãos vitais.
No transplante intervivos, o doador também deve ser um adulto sadio, sem nenhuma alteração anatômica, do qual é retirada parte do fígado. Segundo o médico, os riscos para o doador são relativamente pequenos.
Ambos tipos de transplante são cirurgias complexas. Uma diferença é que o tempo de duração no doador cadáver é de, em média, seis a oito horas ou mais; enquanto que no intervivos, como envolvem duas cirurgias (doador e receptor), pode levar de dez a 12 horas ou mais. Esta cirurgia é bem mais complexa por envolver técnicas de microcirurgia, já que os vasos sanguíneos e os ductos biliares são muito finos.
Depois da cirurgia, com o doador e o receptor em condições ideais, o receptor deve ficar três dias, em média, na UTI e depois, cerca de mais sete dias internado. Depois do transplante, o tratamento da doença que o causou deve ser continuado, para não prejudicar o órgão transplantado.
Em geral, o risco de rejeição continua sendo um grande medo das pessoas, mas hoje em dia o médico afirma que, devido ao uso de imunossupressores eficientes, esse risco é de menos de 1%, portanto, muito baixo.
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