A princípio, a lista do transplante de fígado, funciona a partir de uma organização nacional feita para cada estado.
Os pacientes são listados por estado e os órgãos que estão disponíveis para o transplante, são distribuídos naquele estado.
Somente quando não há receptor no estado ou quando não há compatibilidade, o órgão é ofertado para outro estado, para outra fila e a outros receptores.
De forma curiosa, por São Paulo ser referência nacional na área da saúde, pela dimensão geográfica, quantidade de centros transplantadores e pacientes, existem dois centros de distribuição de órgãos.
Um centro fica localizado na capital, não só de São Paulo, mas também das cidades em torno, e o outro no interior do estado.
A principal diferença entre eles é que a oferta na capital é bastante grande. No último censo analisado, tinham entre 1.200 e 1.300 fígados disponíveis no ano para transplante.
Já no interior, há um número muito menor de doadores, pois a quantidade de hospitais e UTI é menor do que na capital do estado.
Assim, podemos pensar que na capital os pacientes são relativamente mais graves, então a disponibilidade do órgão é maior e, consequentemente, o MELD para que se transplante os pacientes na capital é um tanto quanto maior.
No interior a oferta é um pouco menor e, em contrapartida, temos menos centros transplantadores. Sendo assim, pacientes com o MELD um pouco menor, podem se beneficiar com o transplante no interior do estado.
Espero ter esclarecido a dúvida de como funcionam as centrais de transplantes no estado de São Paulo e no Brasil. Deixe sua pergunta no comentário que eu tentarei esclarecer no próximo vídeo.
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