O pâncreas é uma glândula localizada na região superior do abdômen, atrás do estômago que faz parte do sistema digestivo. Ele é composto por três partes – cabeça, corpo e cauda – e possui duas funções distintas: a função endócrina, responsável pela produção de insulina (hormônio que controla o nível de glicemia no sangue) e a função exócrina, responsável pela produção de enzimas envolvidas na digestão e absorção dos alimentos.
O câncer de pâncreas é raro em jovens com menos de 30 anos. Ele atinge praticamente na mesma proporção homens e mulheres, em geral, com idade superior a 50 anos, especialmente entre os 65 e os 80 anos.
Na maioria dos casos, não é possível determinar a causa da doença, mas o fator de risco mais importante é o cigarro. Os outros são: pancreatite crônica, aplicações anteriores de radioterapia, diabetes mellitus tipo 2, exposição prolongada a pesticidas e produtos químicos, certas síndromes genéticas e cirurgias para tratamento de úlceras ou retirada da vesícula biliar.
Os tipos mais comuns da doença são o adenocarcinoma (o mais frequente e mais relacionado com o tabagismo) e os tumores das células das ilhotas pancreáticas.
O câncer de pâncreas é uma doença que demora a apresentar sintomas, o que retarda e dificulta o diagnóstico. Quando eles aparecem, os mais comuns são: dor abdominal de leve ou forte intensidade que se irradia para as costas, icterícia, perda de apetite e de peso, cansaço, anemia, diabetes tipo 2.
Infelizmente, alguns desses sinais podem indicar que as células malignas já invadiram a corrente sanguínea e afetado os órgãos vizinhos. Nesses casos, a doença pode estar numa fase mais avançada e é mais resistente ao tratamento.
O diagnóstico leva em conta os sinas e sintomas e o resultado de exames de laboratório (especialmente a dosagem de uma proteína no sangue) e de imagem, tais como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPER). Em alguns casos, é preciso realizar uma biópsia para fechar o diagnóstico.
Não fumar e evitar o excesso de álcool são medidas importantes para a prevenção do câncer de pâncreas. Pessoas portadoras de outros fatores de risco, como pancreatite crônica, diabetes, histórico familiar ou submetidas a certas cirurgias de estômago, duodeno e vesícula devem manter um acompanhamento médico regular.
O tratamento do câncer de pâncreas pressupõe, sempre que possível, uma cirurgia para a retirada completa do tumor. Quando já existem focos de metástases prejudicando o funcionamento de outros órgãos, ela pode ser realizada para reduzir os sintomas adversos causados pela doença. Outro recurso paliativo é a colocação de endopróteses.
Quimioterapia, associada ou não à radioterapia, é um recurso terapêutico para evitar recidivas do tumor, para controle da doença ou alívio dos sintomas.
Câncer pâncreas é uma doença grave. As características dos sintomas que, no início, são inespecíficos e podem ser confundidos com manifestações de outras enfermidades, muitas vezes, inviabilizam o diagnóstico precoce, fundamental para o sucesso do tratamento.
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